POLÍTICA

Defesa de Torres recorrerá ao plenário do STF para pedir liberdade do ex-ministro

21 de abril, 2023

A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres vai recorrer ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a liberdade de Torres. O ex-ministro e ex-secretário de segurança do Distrito Federal está preso preventivamente desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O plenário do STF é a …

A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres vai recorrer ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a liberdade de Torres. O ex-ministro e ex-secretário de segurança do Distrito Federal está preso preventivamente desde 14 de janeiro por suposta omissão nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O plenário do STF é a última instância, quando há votos dos 11 ministros da Suprema Corte. A expectativa da defesa é que haja um consenso.

Na quinta-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes negou, pela terceira vez, a revogação da prisão de Torres. “Depoimentos de testemunhas e apreensão de documentos que apontam fortes indícios da participação do requerente na elaboração de uma suposta “minuta golpista” e em uma “operação golpista” da Polícia Rodoviária Federal para tentar subverter a legítima participação popular no 2º Turno das eleições presidenciais de 2022; bem como em sua conduta omissiva quanto à permanência do acampamento dos manifestantes no SMU (Setor Militar Urbano) e o risco daí gerado”, destacou Moraes na decisão. O ministro é relator dos inquéritos que investigam os atos do dia 8/1.

Moraes determinou que PF colha depoimento de Gonçalves Dias – Foto: Reprodução/CNNBrasil

Ex-GSI Gonçalves Dias presta depoimento à Polícia Federal

O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias chegou à sede da Polícia Federal, na Asa Norte, em Brasília, por volta das 8h40 da manhã desta sexta-feira (21/4), para prestar depoimento.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, na quarta-feira (19/4), que a Polícia Federal colha o depoimento do general a respeito de imagens veiculadas pela CNN Brasil, nas quais o militar aparece circulando nas dependências do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro.

Naquele dia, criminosos invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes: Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, escreveu Moraes.
Segundo o novo ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, esta sexta-feira também será dia de “novas reuniões no GSI”, para apurar as imagens.

Demissão

Após a divulgação dos vídeos, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo, na noite de quarta-feira (19/4). É a primeira baixa no alto escalão do governo Lula, pouco tempo depois de completar 100 dias.

Nas gravações é possível ver, além de Gonçalves Dias, militares do GSI, que são responsáveis pela segurança de autoridades e do Planalto, guiando os invasores para portas de saída, em clima ameno.

As imagens das câmeras de segurança do Planalto levaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a convocar uma reunião de emergência com ministros do governo para tratar sobre o assunto. Estiveram presentes o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio); Rui Costa (Casa Civil); Flávio Dino (Justiça), Alexandre Padilha (Relações Institucionais); e Paulo Pimenta (Comunicação Social).

Após essa reunião, Lula se encontrou a sós Gonçalves Dias. Foi quando o então ministro se explicou para o presidente e colocou o cargo à disposição. Mais tarde, em uma publicação extra do Diário Oficial da União (DOU), o governo oficializou o nome do atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, para assumir o comando do GSI de forma interina. (Do Metropoles.com).

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