
Por ordem de Alexandre de Moraes, Polícia Federal prende Filipe Martins
Medida foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes

Documento assinado pelo parlamentar foi enviado pelo chefe de gabinete a lobista envolvido em ação

Um ofício assinado pelo deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) pediu a troca da destinação de R$ 200 mil de uma cidade com o objetivo de chegar a um hospital onde havia um esquema de desvio de recursos. O documento consta na investigação da Polícia Federal, que deflagrou nesta quinta-feira uma operação que apura a ação criminosa de desvio de emendas indicadas ao Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS).
A investigação apurou que havia até um contrato prevendo o pagamento de 6% de “comissão” como contrapartida para a empresa de um lobista, Cliver Fiegenbaum, que constava como responsável pela captação do recurso público. Ele mantinha conversas com o chefe de gabinete do deputado, Lino Furtado.
Em uma das trocas de mensagem, em novembro do ano passado, após duas ligações entre os dois, Lino enviou a Cliver um ofício assinado pelo deputado endereçado ao Ministério da Saúde solicitando a troca de beneficiário de indicação de uma emenda parlamentar de R$ 200 mil.
O ofício solicita que o beneficiário deixe de ser o Fundo Municipal de Saúde São Miguel das Missões e passe a ser o Fundo Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul. Ao final, o ofício justifica que o recurso deverá atender o Hospital Ana Nery.
“Amanhã já deve estar aparecendo no sistema da prefeitura para o cadastro”, escreveu o assessor do parlamentar.
No dia seguinte, Lino envia um novo documento ao lobista, também assinado pelo deputado e endereçado ao ministério, no qual pede que o beneficiário deixe de ser a Fundação Universitária de Cardiologia e passe a ser o hospital.
O deputado Afonso Motta não foi alvo da PF. Em nota, ele afirmou que “nem ele nem o gabinete foram alvos da operação da PF”. O texto acrescenta que ele “foi surpreendido e que está buscando acesso aos autos, para entender o que é investigado e se posicionar”.

Medida foi determinada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes

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