
Áreas de Sobradinho ficam sem fornecimento de energia nesta sexta (29)
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Além do impacto ambiental e dos riscos sanitários, o despejo ilegal de resíduos gera altos custos para o governo
Mais do que um crime e uma ameaça à saúde coletiva, o descarte irregular de resíduos é uma prática que onera os cofres públicos da capital do país. Mensalmente, o Governo do Distrito Federal (GDF) empenha R$ 4 milhões exclusivamente para fazer a remoção de lixos e dejetos descartados pela população em locais impróprios.
Para se ter uma dimensão do problema, no último ano, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) retirou 651 mil toneladas de resíduos – uma média de 54,25 mil toneladas por mês –, que foram despejados pela população nas ruas, terrenos baldios e áreas públicas não indicadas para o recebimento dos materiais.
A fim de coibir a prática e evitar prejuízos para a população, o SLU tem realizado mutirões de limpeza em parceria com as administrações regionais. Desde o início das ações, em janeiro deste ano, mais de 5 mil toneladas de lixo foram removidas e receberam a destinação adequada.
A ação desembarcou, na quinta-feira (6), no Sol Nascente/Pôr do Sol, uma das regiões administrativas que lideram o ranking do despejo ilegal de lixo. “Essa é uma área campeã do descarte irregular”, enfatizou a diretora técnica do SLU, Andrea Almeida. “Em todo o DF, pagamos R$ 4 milhões por mês só para realizar esse trabalho”.
Segundo a servidora, as equipes do SLU seguem um cronograma definido pela companhia com base no loteamento do território do Distrito Federal. “A cada semana, uma região é escolhida, e empregamos toda a nossa equipe manual e mecanizada para fazer a remoção do máximo de resíduos”, explica.
O Mutirão SLU com as RAs, como a iniciativa é chamada, está na terceira edição e já ocorreu em Samambaia, Santa Maria, Gama, Ceilândia e São Sebastião, resultando na remoção de mais de 4,6 mil toneladas de resíduos descartados irregularmente. O cronograma prevê que a ação se estenda, nos próximos dias, às cidades do Recanto das Emas e Arapoanga.
Ao longo desta quinta, 30 colaboradores fizeram a coleta manual e mecanizada dos trechos 1, 2 e 3 do Sol Nascente, além de endereços críticos do Pôr do Sol. “Sabemos que é uma obrigação do Estado, mas é dever também do cidadão manter sua cidade limpa. O lixo acumulado acaba gerando vários tipos de doença e é uma verdadeira ameaça à saúde pública”, alerta o administrador regional Cláudio Ferreira.
Jamile Cabral, 26 anos, conhece de perto o impacto do descarte irregular de lixo: ela já precisou conviver com roedores e outros vetores de doenças
A salgadeira Jamile Cabral, 26 anos, conhece de perto o impacto do descarte irregular de lixo. Ela contou que, em função da incidência criminosa de vizinhos, que insistem em jogar lixo na rua, já precisou conviver com roedores e outros vetores de doenças. “Chegamos a ter ratos e insetos em casa por conta de todo esse lixo”, disse.
“Sabemos que o lixo, o mau cheiro, atraem roedores, e isso é ruim para a nossa saúde e para as crianças que brincam na rua. Também temos a dengue, ainda mais nesse tempo de chuva, que, com o acúmulo de resíduos, vira uma realidade. Essa ação vai amenizar a probabilidade do surgimento de novos focos”, avalia a moradora do Sol Nascente.
Para o aposentado Antônio Maurício Neto, 61, a expectativa é que o mutirão realizado na região também conscientize outros moradores. “É uma situação complicada: o pessoal vem e joga o lixo aí, você reclama e eles logo querem brigar, então a gente fica sem ter o que fazer. E agora, sem esse lixo eu fico até mais tranquilo”.
O descarte irregular de lixo no Distrito Federal é considerado crime ambiental, conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais (lei federal nº 9.605/1998) e em normativas locais. Quem for flagrado jogando resíduos em áreas proibidas pode ser enquadrado no artigo 54 da lei, que trata da poluição que cause danos à saúde humana ou ao meio ambiente. As penalidades incluem multa e detenção de um a quatro anos, podendo ser agravadas caso o material descartado ofereça riscos mais graves, como resíduos tóxicos ou perigosos.
Além das implicações legais, o descarte irregular de resíduos compromete a saúde pública ao favorecer a proliferação de doenças. Lixo acumulado pode atrair vetores como ratos, baratas e mosquitos, aumentando os casos de leptospirose, dengue e outras enfermidades. A contaminação do solo e dos recursos hídricos também é uma consequência direta, afetando a qualidade da água consumida pela população. Por isso, além da fiscalização, o DF mantém programas de coleta seletiva e pontos de descarte adequado para minimizar os impactos ambientais e sanitários.
Para descartar o lixo corretamente, o primeiro passo é separar os resíduos de acordo com a respectiva categoria. Materiais recicláveis, como papel, plástico, vidro e metal, devem ser higienizados antes do descarte para evitar contaminação. O lixo orgânico, composto por restos de alimentos e materiais biodegradáveis, deve ser ensacado de forma adequada.
Já os resíduos comuns, ou seja, que não podem ser reciclados, como papel higiênico e guardanapos sujos, devem ser descartados separadamente. Além disso, materiais perigosos, como pilhas, baterias, lâmpadas, eletrônicos e medicamentos vencidos, não devem ser misturados ao lixo doméstico e precisam ser entregues em pontos de coleta específicos.
Após a separação, o lixo deve ser armazenado corretamente para evitar o vazamento de resíduos e o acesso de animais. Sacos resistentes e bem-fechados são recomendados, e objetos cortantes, como vidro quebrado, devem ser protegidos com papelão ou embalados em garrafas PET para evitar acidentes com os coletores.
Por fim, é essencial respeitar os dias e horários da coleta na região. O cronograma pode ser consultado no site do SLU pelo aplicativo de telefone Coleta DF ou pelo telefone 162. O descarte nos dias corretos evita o acúmulo de lixo nas ruas, reduzindo impactos ambientais e riscos à saúde pública.
Interrupção será das 10h às 16h para que equipes da Neoenergia realizem serviços de modernização da rede elétrica
Mais de 260 buracos foram tapados durante a ação, além de desobstrução de bocas de lobo, poda de árvores e limpeza de áreas públicas
Iniciativa, que será realizada na segunda-feira (1º/9), contará ainda com orientações relacionadas a INSS e BPC/LOAS, oficina de cartazes, espaço de reflexão e auxílio para utilização do aplicativo Penhas
No sábado, por causa do Desperta Brasil 2025, o acesso aos trens será gratuito