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Alerta para o uso indevido de remédios se estende também a plantas medicinais e fitoterápicos; especialistas reforçam que o tratamento correto evita complicações mais graves e permanentes
Usar aquele medicamento sugerido por um familiar ou pela pesquisa feita na internet. Tomar o ‘chazinho’ que a vizinha aconselhou. Quem nunca tentou? A automedicação é mais comum do que se imagina, mas especialistas advertem que ela pode ocasionar problemas graves e, muitas vezes, permanentes. O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, celebrado nesta sexta-feira (5), serve de alerta para os riscos do uso indevido de remédios.
Foto: Divulgação/Agência Brasília
A chefe do Núcleo de Farmácia Clínica do Hospital Regional de Sobradinho (HRS), Dafny Oliveira, explica que diversos pacientes são internados na unidade devido à utilização inadequada de medicamentos. “Já atendemos pessoas com insuficiência renal por conta de abuso de anti-inflamatório, com Acidente Vascular Cerebral (AVC), com infarto. A automedicação é um problema e uma realidade que não podemos negar. O importante é deixar a comunidade bem orientada quanto aos riscos de doses indevidas e aos benefícios de um uso correto”, destaca.
Plantas medicinais e fitoterápicos também entram na lista de advertências. “Não apenas a automedicação, mas o uso de alguns chás pode levar a interações medicamentosas maléficas. Por serem naturais, é comum acreditar que não haverá problemas. Mas existe, sim, o risco de algum desses elementos prejudicar o tratamento medicamentoso”, esclarece a farmacêutica clínica do HRS Andressa Ribeiro. Ela acrescenta que é fundamental o paciente avisar ao profissional o que está utilizando. “Ainda que seja uma planta”, reforça.
A Secretaria de Saúde (SES) conta com farmacêuticos e serviço de farmácia em setores como unidades básicas de saúde (UBSs), farmácias das policlínicas, farmácias de alto custo, hospitais e outros. Esses servidores atuam tanto na logística (armazenamento e distribuição de medicamentos) quanto na atividade clínica (assistência e atendimento ao paciente, consultas e visitas). Nos hospitais, há os núcleos: Farmácia Clínica, que lida diretamente com os pacientes internados, e Farmácia Hospitalar, responsável pela gerência e logística dos medicamentos.
Tire dúvidas com profissionais
Nas UBSs, o cidadão pode obter esclarecimentos sobre medicamentos diretamente com os farmacêuticos. É uma alternativa para fugir da automedicação e se basear no conhecimento profissional.
“Além da orientação, médicos, enfermeiros e farmacêuticos podem, inclusive, fazer avaliação e detectar se há necessidade de um atendimento e não só do medicamento”, ressalta Dafny. “Nosso papel como profissional de saúde é fazer com que as pessoas entendam quando devem negar medicamentos indicados por leigos ou quando não interromper tratamento sem orientação. Os serviços de saúde são também ponto de apoio para essas instruções”, complementa.
No HRS, o projeto-piloto Orientação na alta propõe não só o monitoramento do paciente na unidade hospitalar, mas nortear aqueles que recebem alta, principalmente acerca dos remédios prescritos. O objetivo é tornar o atendimento mais humanizado e orientar em relação ao acompanhamento que deve ser realizado após a internação, seja na atenção primária ou na secundária.
*Com informações da Secretaria de Saúde
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