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Partido se reúne nesta manhã para deliberar sobre união; caciques minimizam impasses
Na manhã desta terça-feira, dirigentes do PSDB se reúnem para dar o primeiro passo rumo à fusão com o Podemos. O encontro, que deve oficializar a intenção tucana pela união, ocorre em meio à saída iminente de uma das principais lideranças do partido, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, além de outras incertezas sobre os rumos da nova sigla.
Após a reunião, os tucanos ainda realizarão uma convenção. Segundo o regimento interno do partido, a fusão deve ser efetivada em até 30 dias. A pressa em formalizar a união tem como pano de fundo o objetivo de viabilizar uma federação partidária com o MDB ou com o Republicanos, tratativas que só avançarão após a conclusão da fusão.
Quanto ao destino de Eduardo Leite, articuladores do governador gaúcho garantem que a decisão já está tomada: ele se filiará ao PSD e anunciará sua saída logo após o PSDB concluir seus processos internos. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, reforçou que a decisão está nas mãos do governador:
— O Leite tem o compromisso de todos nós de apoiar a campanha. É o candidato único, sem discussão, mas agora a bola está com ele. Sabe que da nossa parte não falta carinho e afeto. No entanto, não sei se ele se sente seguro em um partido que perdeu um pouco do protagonismo, apesar de ainda termos 1,3 milhão de filiados — afirmou Perillo ao Globo.
Apesar de acalentar o sonho de disputar a Presidência, o desgaste do PSDB tem pesado mais para Leite, e seus aliados avaliam que a fusão com o Podemos não reverterá esse cenário. No PSD, ele não terá legenda para concorrer ao Planalto, mas continuará se colocando no páreo para fortalecer seu capital político. Internamente, o partido já definiu que, caso tenha candidatura própria ao Planalto, o nome será o do governador do Paraná, Ratinho Júnior.
Entre os entraves para a nova sigla estão o nome e a identidade visual. Inicialmente, será adotado o nome provisório “PSDB+Podemos”. O nome definitivo e o logotipo serão escolhidos em votação interna. Uma das ideias sugeridas por Perillo foi adotar como símbolo um “cachorrinho”, mas a preferência majoritária ainda é manter o tradicional tucano.
Além das questões formais, a fusão enfrenta resistências em pelo menos quatro estados: Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia. Perillo, porém, minimiza os conflitos:
— Problemas sempre existem. Temos um partido de 35 anos, mas estamos conseguindo minimizar as tensões ao máximo. Vamos dividir o comando dos estados entre o PSDB e o Podemos e, em alguns casos, decidir conjuntamente.
Ainda não há definição sobre qual partido irá herdar cada diretório estadual. Um dos principais focos de tensão é Pernambuco. Lá, o PSDB rompeu com a governadora Raquel Lyra, que hoje é aliada do Podemos. Ex-tucana, Lyra viu seu antigo partido ser entregue ao adversário Álvaro Porto, presidente da Assembleia Legislativa, e se aproximou do prefeito do Recife, João Campos (PSB). O PSDB, inclusive, conquistou cargos no Procon da capital pernambucana.
Na Bahia, a situação também é delicada: enquanto o Podemos apoia o governador Jerônimo Rodrigues (PT), o PSDB faz oposição ao petista. Já em Goiás, estado de origem de Perillo, a tendência é que a nova sigla apoie sua candidatura ao governo estadual. Contudo, o presidente do Podemos em Goiás, o deputado federal Glaustin da Fokus, é aliado do atual governador Ronaldo Caiado (União), que pretende lançar seu vice, Daniel Vilela (MDB), como sucessor — um cenário que pode gerar novo embate.
No Mato Grosso do Sul, a fusão é bem recebida por líderes do Podemos, como a senadora Soraya Thronicke, que teria sua candidatura à reeleição fortalecida. Em contrapartida, lideranças tucanas cogitam uma debandada. A situação se agrava com a possível saída do governador Eduardo Riedel do PSDB. Assim como Leite, Riedel recebeu convite para ingressar no PSD e tem sinalizado que não permanecerá na legenda para as eleições do próximo ano.
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