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Futuros temas da COP30 devem ser tratados na Cúpula
Lei foi promulgada pela CLDF após derrubada de veto total do governador Ibaneis Rocha
Foto: Arquivo Agência Brasil
O Brasil registra quase seis milhões de trabalhadores domésticos remunerados; desses, mais de 90% são mulheres. A categoria é marcada por altas taxas de informalidade, baixos salários e longas jornadas. É o que mostra um estudo divulgado ontem (12/6) pelo governo federal. Com o intuito de valorizar esses trabalhadores e melhor atender suas necessidades no Distrito Federal, a Câmara Legislativa promulgou a Lei nº 7.701/2025.
A norma, proposta pelo deputado Max Maciel (PSOL), institui o programa “Casa da Doméstica”. Em linhas gerais, a iniciativa tem duas frentes de ação: a criação de um espaço físico, nos moldes das Agências do Trabalhador do DF, de referência em direitos e atendimento das trabalhadoras e trabalhadores domésticos; e um grupo de trabalho, no âmbito da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do DF, com a finalidade de propor mecanismos de valorização e formalização da categoria, bem como monitorar as políticas públicas.
Segundo o texto, o posto de atendimento “Casa da Doméstica” será voltado, exclusivamente, para os empregados domésticos. O espaço deverá ser instalado em local de fácil acesso ao público e deverá oferecer atendimento multidisciplinar, com especialistas capazes de informar aos usuários os seus direitos, auxiliar no acesso a benefícios previdenciários e proporcionar atendimento médico ocupacional. Ademais, o posto deverá oferecer cursos de capacitação e profissionalização.
O autor da lei destaca que a luta das trabalhadoras e trabalhadores domésticos ainda é “invisibilizada” e defende “políticas públicas efetivas” que valorizem os direitos da categoria.Max Maciel também reforça: “É necessário fiscalizar a efetividade das legislações na realidade das domésticas, tanto na perspectiva do cumprimento das regras por parte do empregador, quanto da conscientização das trabalhadoras”.
As demandas de cuidado das trabalhadoras domésticas e as dificuldades enfrentadas por elas nortearam um estudo realizado pela Secretaria Nacional da Política de Cuidados e Família (SNCF) do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS); a Federação Internacional das Trabalhadoras Domésticas (FITH), e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O levantamento aponta que as trabalhadoras domésticas são a principal categoria da força de trabalho remunerada de cuidados no Brasil, representando 25% do total. No entanto, apenas 25% têm carteira assinada e somente 36% contribuem à Previdência Social. Outro percentual que chama a atenção é que 64,5% dessas profissionais recebem menos de um salário mínimo.
A pesquisa também revela que sete, em cada dez domésticas, relatam sofrer de cansaço crônico, resultado de jornadas extenuantes (em casa e fora) e de sobrecarga física e emocional.
Futuros temas da COP30 devem ser tratados na Cúpula
Já aprovado pelos deputados, projeto aumenta de 513 para 531 o número de cadeiras
Deputados também poderão retomar votação da proposta que reforça medida protetiva em caso de aproximação do agressor de mulher
Na sessão também poderá ser feita a leitura do requerimento que cria a CPMI para investigar as fraudes no INSS