
Boletim Focus: Mercado projeta inflação de 4,83% em 2025
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Em países como o Brasil, Fundo adverte que, quanto mais for postergada a estabilização da dívida, mais custoso e arriscado será o processo
A dívida pública global deve atingir US$ 100 trilhões, ou 93% do Produto Interno Bruto (PIB) global, até o final deste ano, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI) em novo relatório. A projeção do Fundo é que a dívida continue aumentando nos próximos anos e, até 2030, se aproxime de 100% do PIB global. No limite, todo esse acúmulo de débitos pode aumentar a “probabilidade de estresse da dívida” ou de uma crise financeira mais ampla, destaca o FMI.
Segundo o Fundo, boa parte desta projeção de aumento da dívida até o fim da década é impulsionado pelas duas maiores economias do mundo, China e Estados Unidos. Num cenário em que os discursos políticos sobre questões fiscais frisam maiores gastos do governo, a tendência é de aumento da dívida, admite o FMI.
O órgão destacou ainda que os país enfrentam uma pressão crescentes por gastos para lidar com fatores como a transição verde, o envelhecimento populacional e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Esses aspectos não são totalmente contabilizadas nas projeções atuais de dívida e devem levar a um novo acúmulo de débitos.
“A alta dívida reduz o espaço fiscal e a capacidade dos governos de responder a recessões econômicas, restringe investimentos necessários para o crescimento e aumenta o risco de estresse soberano”, alertou o Fundo. Em outras palavras, torna difícil para os governos cumprir as obrigações financeiras sem comprometer a estabilidade econômica.
Em países como o Brasil, o FMI adverte que, quanto mais for postergada a estabilização da dívida, mais custoso e arriscado será o processo. O Fundo projeta que a dívida deve aumentar nos Estados Unidos, Brasil, França, Itália, África do Sul e Reino Unido.
“Esperar é arriscado: as experiências dos países mostram que uma dívida alta pode desencadear reações adversas no mercado e restringir o espaço para manobra orçamentária diante de choques negativos”, afirmou.
Os países onde não há projeções de estabilização da dívida representam mais da metade da dívida global e cerca de dois terços do PIB global.
O Fundo oferece, no relatório, sugestões aos países sobre como os países podem endereçar esse desafio orçamentário. No caso do Brasil, Egito República do Quirguistã, o FMI aponta que racionalizar despesas ou isenções fiscais pode ser o caminho. Isso permitiria “mobilizar receitas de forma durável para financiar necessidades de desenvolvimento e programas de redução da pobreza, e em alguns casos, para lidar com fraquezas crônicas de arrecadação”.
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