BRASÍLIA
Dono de carro que explodiu perto da Câmara anunciou bomba, fez ameaças e publicou foto dentro do STF
14 de novembro, 2024 / Por: Agência O GloboDuas explosões, em um intervalo de 20 segundos, ocorreram em frente ao Supremo Tribunal Federal
Registrado como proprietário do carro que pegou fogo no estacionamento da Câmara dos Deputados e continha explosivos, Francisco Wanderley Luiz fez ameaças a autoridades em suas redes sociais e fez referências a uma explosão.
Identificado como Tiü França nas redes sociais, Luiz foi candidato a vereador em sua cidade natal, Rio do Sul, Santa Catarina, nas eleições municipais de 2020. Ele teve 98 votos e não foi eleito.
Em uma das postagens em sua rede social, ele diz que a Polícia Federal tem “72 horas” para “desarmar a bomba” e cita a casa de políticos e autoridades. Em outra, o homem cita o dia 13 de novembro, esta quarta-feira, e fala em “grande acontecimento”.
Na sequência de imagens, Francisco também cita generais, políticos e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O homem também postou uma foto no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e escreveu que “deixaram a raposa entrar no galinheiro”. Não é possível identificar quando a imagem foi feita. Segundo integrantes do STF, esse registro foi feito no dia 24 de agosto. O homem também postou uma foto com uma taça de vinho.
Duas explosões, em um intervalo de 20 segundos, ocorreram em frente ao Supremo Tribunal Federal em Brasília no começo da noite desta quarta-feira. Um homem morreu após uma explosão na Praça dos Três Poderes, que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
Irmã diz ele viajou a Brasília
Irmã do dono do veículo encontrado com explosivos em Brasília, Maria Irlete Luiz afirmou ao GLOBO que Francisco Luiz viajou de carro para Brasília e quando deixou o estado, há cerca de dois meses, alegou que iria fazer uma viagem a passeio. Ela disse não ter informações se ele é a mesma pessoa que morreu na Praça dos Três Poderes.
— Ainda não me caiu a ficha, fomos pegos de surpresa. Eu não quero acreditar que meu irmão morreu — diz.
Aos prantos, Irlete conta que o irmão mandava mensagens com frequência para informar sua localização.
— Ele só foi a passeio. Ele mandava mensagens para mim. Dizendo que estava no Chile, depois foi para minas e Brasília. Mas disse que foi à passeio. A gente não quer acreditar que seja ele — completa.
A família diz que espera contato das autoridades de Brasília informarem se o corpo encontrado é do chaveiro. — A família espera por notícias de Brasília. Mas ninguém falou nada ainda.