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A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por declarações dadas por ele durante a manifestação que reuniu apoiadores e aliados na praia de Copacabana neste domingo. Na ocasião, segundo a parlamentar, o ex-mandatário proferiu “proferiu declarações que afrontam diretamente a ordem democrática …
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A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por declarações dadas por ele durante a manifestação que reuniu apoiadores e aliados na praia de Copacabana neste domingo. Na ocasião, segundo a parlamentar, o ex-mandatário proferiu “proferiu declarações que afrontam diretamente a ordem democrática e a segurança institucional do país”.
Na denúncia, a deputada destacou o momento em que o ex-presidente questionou o motivo de ter sido derrotado na última eleição presidencial, em “tom conspiratório” e incentivando “dúvidas sobre a idoneidade do processo eleitoral”. “Nosso governo fez o seu trabalho, por que perdeu a eleição?”, disse Bolsonaro no trecho separado pela parlamentar.
— Em seu discurso, Bolsonaro põe à prova mais uma vez o processo eleitoral brasileiro, um pilar do nosso estado democrático. Sua atitude demonstra que sua estratégia criminosa ainda está em andamento e não muda na sua tentativa de tomar o poder pela via autoritária — disse a deputada ao Globo.
Salabert também argumenta que a manutenção de Bolsonaro em liberdade seria uma grave ameaça à garantia da lei e da ordem, por ele “persistir na disseminação de dúvidas infundadas sobre as eleições de 2022”. A deputada ainda solicita que a PGR proíba o ex-presidente de usar redes sociais e de participar de eventos públicos que possam servir de plataforma para “novas incitações antidemocráticas”.
Um levantamento do grupo de pesquisa do “Monitor do debate político” do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto, da Universidade de São Paulo (USP), e pela ONG More in Common, estimou que, no auge do ato convocado Bolsonaro neste domingo, 18,3 mil apoiadores do ex-presidente estavam na Praia de Copacabana. O grupo utiliza um método que analisa imagens aéreas, aplicando um software especializado para identificar e contabilizar o número de pessoas presentes. Já a PM divulgou que 400 mil pessoas passaram pela manifestação, sem explicar a metodologia.
Em outro levantamento, o Datafolha divulgou um cálculo de público na manifestação de 30 mil pessoas. O instituto também usou imagens aéreas. Elas foram obtidas às 11h10m.
A PM do Rio é subordinada ao governador Cláudio Castro (PL) — aliado de Bolsonaro e um dos oradores do evento. O Globo procurou a PM para entender a metodologia utilizada na contagem, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
A discrepância entre os números é significativa: a estimativa da PM indica um público quase 22 vezes maior que o calculado pelos pesquisadores da USP. O grupo acadêmico acompanhou a manifestação e produziu imagens aéreas entre 10h, horário de chegada de Bolsonaro, e 12h, quando ele encerrou seu discurso. A contagem foi realizada com o auxílio do software, e a estimativa de 18,3 mil pessoas corresponde ao pico do evento, durante a fala do ex-presidente.
— Essa foi uma manifestação pequena para os padrões de mobilização do bolsonarismo — afirmou Pablo Ortellado, que coordena o Monitor do Debate Político ao lado de Márcio Moretto.
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