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6 de julho, 2021

Blackout no Planalto Há um consenso geral entre os especialistas tanto na economia quanto na questão energética: o governo federal está atrasado na adoção de […]

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Blackout no Planalto

Há um consenso geral entre os especialistas tanto na economia quanto na questão energética: o governo federal está atrasado na adoção de medidas que evitem ou retardem o racionamento de energia. O que é pior, está negando o que aparentemente é inevitável. Citam como exemplo estudos mostrando que o nível de água nos reservatórios, nos próximos meses, estará nos mesmos patamares do auge da crise energética do começo dos anos 2000.

Blackout no Planalto II

Para piorar, os críticos dos atos governamentais destacam a adoção da bandeira tarifária única como um equívoco. Eles lembram que durante a crise dos anos 2000, o governo federal taxou mais os maiores consumidores, leia-se, as indústrias e as grandes propriedades agrícolas. Agora, com a estratégia de uniformizar a cobrança, o impacto sobre as micro e pequenas empresas será bem maior. Segundo estudos, o peso da tarifa energética entre as micro e pequenas empresas era de 17,5% e agora já está em 25%, devendo chegar a 30% até o final do ano.

Blackout no planalto III

Ou seja, gastando mais em energia várias empresas de pequeno porte podem não sustentar a retomada e acabar fechando de vez as portas. Lembrando que essas empresas são os principais empregadores e poderiam ajudar na tomada do mercado de trabalho.

Blackout no Planalto IV

Diga-se de passagem, o governo federal também não dá sorte. Quando Bolsonaro acabou com o horário de verão, a medida contou com amplo apoio da população, até pela desculpa do pequeno impacto na redução do consumo de energia. Pois esse pequeno impacto vai fazer diferença agora.

E por falar no verão…

Os setores de hotéis, bares e restaurantes enviaram uma carta para o presidente Jair Bolsonaro e para o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pedindo a volta do horário de verão. Alegam que o horário beneficia a volta do consumidor.

Menos infelizes

O DF registrou uma pequena melhora em seu posicionamento de insatisfação de sua população de 2013 para cá. Mesmo com a pandemia. Antes, ocupávamos a 8ª posição como unidade federativa mais infeliz. Agora estamos em 14º lugar. Em outros levantamentos, Santa Catarina aparece como o estado como população menos descontente. A liderança este ano é da Bahia.

Ajuda bem-vinda

Setores econômicos afetados pela pandemia de covid-19 terão mais uma ajuda do GDF para recuperar o fôlego. A Secretaria de Economia concedeu remissão, anistia e isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), além da redução de alíquota do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) a 16 categorias ligadas aos setores de evento, cultura e beleza.

Vacina no branco e dinheiro no bolso

O Índice de Confiança do Empresário Industrial do DF subiu pelo terceiro mês consecutivo, chegando, em junho, a 58,8 pontos. A recuperação do Icei-DF ocorreu a partir de março, quando o índice caiu a 49,8 pontos. Naquele momento, o governo local adotou medidas de restrição de atividades econômicas para reduzir a contaminação pelo coronavírus. A partir de abril, com a reabertura de atividades comerciais e o avanço da vacinação, aumentou a confiança do empresário.

 

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