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Governador de SP exalta respeito à diferenças em evento em Santos. Petista disse que ex-ministro de Bolsonaro terá ‘tudo que for necessário’ do Planalto
O evento de anúncio de uma parceria entre o governo federal e o governo de São Paulo, realizado nesta sexta-feira em Santos, uniu no palanque o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Tarcísio de Freitas(Republicanos). Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro(PL), Tarcísio foi recebido por vaias e gritos da militância petista e alguns gritos de “Vai para o PT” da plateia.
Lula declarou que é preciso deixar as diferenças de lado ao governar o país. Durante a semana, Lula recuou da decisão de construir sozinho o túnel no litoral paulista, após um encontro com o ex-ministro de Jair Bolsonaro.
— Eu quero dizer, governador Tarcísio, eu governei com o Alckmin, com o Serra, e nunca em nenhum momento eu tratei São Paulo diferente porque ele não pertencia ao meu partido. Eu quero te dizer, Tarcísio, que você terá da presidência tudo aquilo que for necessário, porque estou beneficiando o estado mais importante da federação. São Paulo merece respeito e o governador merece ser tratado com muito respeito — discursou o presidente.
Enquanto o petista discursava, algumas pessoas na plateia gritaram para Tarcísio: “Vai para o PT”. Lula disse, sorrindo para Tarcísio, que vai se preparar para derrotá-lo nas próximas eleições. O governador paulista é um dos nomes cotados para se candidatar a presidente em 2026, já que Jair Bolsonaro, seu principal padrinho político, ficou inelegível.
Lula e Tarcísio chegaram juntos ao palco, às 10h20, e enquanto o petista foi recebido pela plateia com gritos de “olê, olê ole olá, Lula”, Tarcísio foi vaiado na chegada e ao discursar. No evento, os dois ficaram lado a lado no centro do palco.
Antes da fala do presidente, Tarcísio acenou para Lula e agradeceu ao petista pela parceria, que não se limita ao túnel: também houve um acordo para reformas na Avenida Perimetral, nos arredores do Porto de Santos, e para construção de moradias destinadas a pessoas que vivem em palafitas nas cidades do Litoral Sul.
— Me sinto privilegiado de estar celebrando essa parceria federal para entregar para a população um sonho de cem anos. E nós vamos sair esse sonho sair do papel. A gente está falando de R$ 6 bilhões de investimento. Quando a gente soma todo o investimento do túnel, na perimetral e nas casas, a gente passa fácil dos 8 bilhões, presidente Lula, e nós vamos fazer isso juntos. Temos que fazer a diferença na vida do cidadão, vamos deixar um legado trabalhando juntos, muito obrigada pela parceria, presidente Lula.
A obra vai custar R$ 6 bilhões, custo que será dividido entre o estado e a União, e deve beneficiar cerca de 80 mil pessoas por dia e tem previsão de um fluxo de 14 mil automóveis nas três pistas em cada sentido. Hoje, a travessia é feita por balsa, que leva aproximadamente 18 minutos. Pela estrada, o trajeto dura cerca de uma hora. Pelo túnel, serão apenas dois minutos.
Esta é a maior obra do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) de Lula e foi alvo de conflitos entre o governo federal e o estado. Isso porque, há algumas semanas, o presidente havia decidido que o túnel seria construído apenas com recursos da União, o que desagradou Tarcísio, que defende dividir os investimentos e os louros políticos da obra.
Na terça-feira, o governador foi até Brasília onde se reuniu com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), seu correligionário, e com o presidente. Após as conversas, Lula recuou e ficou acertado que o túnel será bancado metade pelo governo federal e metade pelo estadual.
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