
Gleisi recusa conciliação com deputado bolsonarista que afirmou que Lula a ‘ofereceu’ ao Congresso ‘como um cafetão’
Petista apresentou, em março, uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal contra o parlamentar por difamação e injúria
Congresso espanhol aprovou medida não-vinculativa, pedindo que governo reconheça opositor como presidente eleito do país sul-americano, que ameaçou cortar relações
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, recebeu o candidato opositor venezuelano Edmundo González Urrutia nesta quinta-feira no Palácio de la Moncla, sede do governo espanhol, em meio a uma crescente tensão nas relações entre Madri e Caracas sobre o reconhecimento do opositor como presidente eleito do país sul-americano.
“Dou calorosas boas-vindas a Edmundo González Urrutia ao nosso país, a quem damos as boas-vindas demonstrando o compromisso humanitário e a solidariedade da Espanha com os venezuelanos”, escreveu Pedro Sánchez na rede social X. “A Espanha continua a trabalhar a favor da democracia, do diálogo e dos direitos fundamentais do povo irmão da Venezuela”.
González Urrutia pousou na capital espanhola no último domingo, em um avião da Força Aérea Espanhola. O opositor deixou a capital venezuelana após um mês escondido em embaixadas de países europeus, diante da perseguição lançada pelo regime chavista a dissidentes após as eleições de julho. O encontro com Sánchez ocorreu “a título privado”, segundo fontes próximas do venezuelano.
Sánchez, em linha com a posição da União Europeia, exige que as atas de votação das eleições venezuelanas de 28 de julho sejam tornados públicos — sem reconhecer a vitória de González Urrutia ou de Nicolás Maduro antes disso.
Maduro, no poder desde 2013, foi proclamado reeleito para um terceiro mandato de seis anos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), no meio de denúncias de fraude por parte da oposição, que afirma que o seu adversário venceu as eleições.
A reunião desta quinta-feira ocorreu em meio a uma crescente tensão na relação entre os dois países. Na quarta-feira, o Parlamento da Venezuela, Jorge Rodríguez, propôs o rompimento das relações diplomáticas, consulares e comerciais com o país europeu, em resposta a uma proposta aprovada pelo Congresso espanhol, pedindo o reconhecimento da vitória de González.
— Que saiam daqui todos os representantes da delegação do governo do Reino de Espanha e todos os consulados e traremos os nossos cônsules de lá — declarou Rodríguez, que pediu à Comissão de Política Externa do Legislativo venezuelano que aprovasse uma resolução, que precisaria ser revalidada no plenário da Câmara.
A proposta aprovada no Congresso espanhol teve 177 votos a favor contra 164 contra, e tem caráter simbólico — não vincula o Executivo de Pedro Sánchez a oficialmente reconhecer o opositor como presidente.
Quando o Congresso começou a debater a proposta de reconhecimento a González na terça-feira, centenas de venezuelanos manifestaram-se em frente ao Congresso, entre eles a filha de González Urrutia. Estima-se que cerca de 280 mil venezuelanos vivam em Espanha, incluindo vários líderes da oposição. O número não inclui aqueles que adquiriram a nacionalidade espanhola.
Da Venezuela, Jorge Rodríguez acusou o país europeu de se tornar um “refúgio” para “assassinos”, “conspiradores golpistas” e “pessoas violentas”.
A justiça venezuelana, acusada de servir ao chavismo, procurava González Urrutia por vários crimes, pela divulgação de cópias de registos eleitorais em um portal, que demonstrava a vitória eleitoral do opositor.
Perante a possibilidade de romper relações, a porta-voz do Governo espanhol, Pilar Alegría, disse esta quinta-feira aos jornalistas que o seu país tem “interesse” em “trabalhar sempre para manter as melhores relações com o povo venezuelano”.
— A embaixada na Venezuela está trabalhando com absoluta normalidade — acrescentou. (Com AFP)
Petista apresentou, em março, uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal contra o parlamentar por difamação e injúria
Ensino adaptado a estudantes com deficiência pode virar norma constitucional
O velório ocorrerá nesta terça-feira (6) às 15h, no Cemitério da Esperança (capela 10), Asa Sul
Governo propôs aumento de taxação para altos salários; presidente da Câmara cita também bancos e empresas