Críticas de Kassab ao governo federal acirram tensão do PSD com Lula por espaço na Esplanada
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Ex-ministro de Lula que é defensor de Jerônimo Rodrigues (PT) escolheu parabenizar publicamente o ex-prefeito ACM Neto, por seu aniversário
Enquanto PT e PSD disputam as vagas do Senado na base do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e colocam em xeque a presença do vice-governador Geraldo Júnior ( MDB) na chapa de reeleição, o ex-ministro do segundo governo de Lula (PT), Geddel Vieira Lima (MDB), fez um gesto a um rival do governador, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto.
Na última segunda-feira, em postagem nas suas redes sociais, desejou sucesso ao político no dia de seu aniversário. Na mensagem, ele ponderou que os dois tiveram divergências, mas afirmou que “no campo pessoal” não há briga. “Formulo aqui votos sinceros de saúde e sucesso na sua vida pessoal ao lado de sua família”, escreveu.
Aliados da base de Jerônimo Rodrigues relataram ao GLOBO que a atitude foi interpretada como um recado ao governador. Forte defensor do petista, Geddel e o MDB estão incomodados com as tentativas de rifar o vice-governador, mais conhecido como Geraldinho.
Condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, o ex-ministro e seu irmão, Lúcio Vieira Lima, que é presidente honorário do MDB, são próximos de Jerônimo.
Nos bastidores, o PT almeja ocupar as duas vagas ao Senado, o que excluiria o apoio à reeleição de Angelo Coronel (PSD). Para acomodar o PSD, o espaço da vice-governadoria entrou em negociação.
O pano de fundo da disputa é a construção da chamada “super chapa dos vencedores”, que reuniria os três últimos governadores petistas. Além de Jerônimo, que tentará a reeleição, o PT quer manter Jaques Wagner no Senado e emplacar Rui Costa, atual ministro da Casa Civil, na outra vaga. Este arranjo exclui Coronel, que já ameaçou deixar a base do governo.
Presidente de honra do MDB, o ex-deputado Lúcio Vieira Lima afirma ter “tranquilidade” de que o MDB será contemplado na nominata e nega que Geraldo tenha saído enfraquecido das eleições municipais. Para ele, a derrota foi de toda a base governista, não apenas do MDB. Ele destina suas críticas ao PT:
— Rui Costa e sei lá mais quem resolveram sair para o Senado, e agora essa chapa puro-sangue do PT pode nos complicar como um todo. Essa antecipação das eleições de 2026 já está gerando ruído. Daqui a pouco, vai surgir mais problema.
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