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Após ausência do governador e críticas ao presidente, políticos de centro e da direita mineira celebraram a concessão de um trecho da BR-381
As críticas e farpas trocadas pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com integrantes do governo federal no dia da cerimônia que oficializou a concessão de um trecho da BR-381 se diferenciaram da postura adotada por outros políticos mineiros, ligados ao centro e à direita. Enquanto Zema marcou posição contra o presidente Lula (PT), nomes como o presidente da Assembleia Legislativa, Tadeu Martins Leite (MDB), e o senador Carlos Viana (Podemos) fizeram agradecimentos.
“Minas Gerais parabeniza o governo federal pela concessão de parte da BR-381. Que uma melhor gestão da rodovia possa, finalmente, mudar a realidade deste trecho tão marcado por graves acidentes ao longo dos anos”, disse Tadeuzinho.
Com uma postura independente em relação ao governo estadual, o presidente da Assembleia, mas passou a ter posicionamentos divergentes recentemente. O principal se deu durante a tramitação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), quando se uniu a um adversário de Zema, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), para encontrar uma outra solução para a dívida pública.
Como resultado desta aproximação, Pacheco propôs o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), sancionado por Lula na semana passada, e que vem sendo motivo de rusgas entre o governador e o presidente da República. Zema vem criticando os vetos.
Outro nome que também celebrou a concessão foi o senador Carlos Viana.
— Estou feliz por ter resolvido um problema que me comprometi. Deixamos um projeto estabelecido e o que o atual governo, o presidente Lula, pegou, analisou e foi inteligente de dar sequência — afirmou.
Pacheco, por sua vez, agradeceu o presidente pela atenção dada ao estado. “Meu reconhecimento e meus cumprimentos ao presidente Lula em razão da assinatura da concessão da BR-381, conhecida pelos mineiros como ‘Rodovia da Morte’. Em mais uma iniciativa que destaca seu respeito pela grandeza do nosso estado”, disse em nota.
Em meio aos afagos ao governo federal, Zema não compareceu a cerimônia e se tornou alvo de críticas pelo ministro de Transportes, Renan Filho (MDB), e pelo presidente Lula.
— Para mim, é uma pena que o governador de Minas não esteja aqui nesse momento, porque nunca nenhum governo deu tanta atenção a Minas Gerais quanto o senhor (o presidente Lula) está dando agora. Vi o governador de Minas cobrando investimentos, no governo passado, mas não o vejo aqui nesse momento. Parece que a cobrança é mais política e menos pela obra. Isso apequena o gestor público — disse Renan Filho.
Em suas redes sociais, Zema rebateu a declaração do ministro. Ele afirmou não ter tempo para “eventos burocráticos”.
“Lula, o PT prometeu essa mesma obra nos 188 meses de governo, mas não entregou. Por isso, quando for colocar máquina na pista, fiscalizar ou inaugurar trechos da obra na BR-381 eu estarei à disposição. Meu foco é trabalhar, não perder tempo com eventos burocráticos”, escreveu o mineiro em seu perfil no X.
Também na cerimônia, Lula criticou Zema por sua resistência com os vetos no Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).
— Para falar a palavra obrigado tem que ter grandeza, caráter e humildade. Esse acordo das dívidas de Minas Gerais, o governador deveria vir aqui me trazer um prêmio, um troféu de primeiro presidente da República que ele tem conhecimento, que nunca vetou absolutamente nada de nenhum governador, de nenhum prefeito por ser contra ou por ser oposição — disse o presidente.
Em resposta à crítica, Zema escreveu em um post no X que “Jesus Cristo perdoaria todas as dívidas e jamais cobraria juros abusivos de quem ajuda a construir o Brasil”.
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