Tarcísio conta com Alesp governista para extinguir estatais e regulamentar funcionamento da Polícia Civil em 2025
Trabalhos devem ser coordenados pelo deputado André do Prado (PL), que tem o apoio do governador para reeleição na presidência da Casa
Nas três principais capitais do Sudeste, Ricardo Nunes, Paes e Fuad Noman registraram oscilações para cima nas intenções de voto e para baixo na rejeição
O início do horário eleitoral teve impacto positivo para os prefeitos de São Paulo, Rio e Belo Horizonte. A primeira pesquisa Datafolha desde o início da propaganda no rádio e na TV, divulgada na última quinta-feira, consolidou o favoritismo de Eduardo Paes (PSD) na disputa carioca. Já Ricardo Nunes (MDB), na capital paulista, e Fuad Noman (PSD), na mineira, ganharam motivos para acreditar que as inserções podem ajudá-los nos processos eleitorais embaralhados que enfrentam este ano.
Na maior cidade do país, depois de cair quatro pontos na pesquisa anterior, Nunes se recuperou e oscilou três para cima. Aparece agora com 22%, o mesmo número que Pablo Marçal (PRTB), e também está empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL), que se manteve em 23%.
A chave para entender o impacto da TV está na leitura da pesquisa pelo recorte por renda. Entre os que ganham até dois salários mínimos, o candidato à reeleição subiu dez pontos. Também foi nesse segmento que a rejeição a Marçal mais subiu, ajudando a puxar uma alta geral de oito pontos no percentual de paulistanos que o repelem.
— Com o início da propaganda eleitoral, a campanha começou de verdade, crescendo a exposição de Nunes no rádio e na TV, mídias muito importantes na comunicação com a periferia da capital paulista — avalia o fundador do Locomotiva, Renato Meirelles, em análise feita no âmbito da parceria entre o instituto e o Globo.
Com a exposição de feitos da gestão na propaganda, Eduardo Paes conseguiu não só manter a vantagem confortável nas intenções de voto, com oscilação de três pontos para cima, como também melhorar — para fora da margem de erro — dados importantes como a votação espontânea, rejeição e avaliação de governo.
No cenário em que os entrevistados não são apresentados ao cardápio de candidatos disponíveis, o prefeito já registra 39%, oito a mais do que em agosto, e ostenta uma sólida consolidação do voto. Ao mesmo tempo, diminuiu em cinco pontos a rejeição, agora em 14%, e melhorou em cinco pontos a avaliação do governo, considerado ótimo ou bom por 50% dos cariocas e ruim ou péssimo por 13%.
Assim como Nunes com Marçal, Paes celebra o resultado da pesquisa para o principal adversário na disputa, Alexandre Ramagem (PL). O candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro até oscilou dois pontos para cima na intenção de voto, agora em 11%, mas viu a rejeição subir seis pontos.
Fuad Noman compartilha algumas semelhanças com Nunes. Ambos eram vices, assumiram as respectivas prefeituras nos últimos anos e enfrentam agora a primeira eleição majoritária como cabeças de chapa. Têm como desafio convencer o eleitorado de que merecem um segundo mandato.
Em BH, Fuad conseguiu subir quatro pontos no Datafolha, na esteira de um programa eleitoral focado em se apresentar a destacar o que tem feito na cidade. Foi o único candidato que cresceu acima da margem de erro entre as pesquisas de agosto e setembro. Agora, desponta com 14% — ainda distante do líder Mauro Tramonte (Republicanos), que tem 29%, mas já numericamente em segundo.
— Fuad já trabalhava em pré-campanha, fazia comunicação da prefeitura, mas chega na eleição com índices altíssimos de desconhecimento. Com uma televisão bem feita, o crescimento foi esse — afirma o marqueteiro do candidato, Paulo Vasconcelos.
Ao contrário do que alguns vaticinaram, diz ele, a TV não passou a ser inútil após a ascensão da internet como ferramenta de campanha.
— Tinha lido alguns comentários precipitados, já condenando a TV como um produto de velha guarda. Mas o que ela tem mostrado é a eficiência para quem tem tempo e o que mostrar. Quando a campanha começou, era tratada como a ferramenta dos marqueteiros dinossauros, mas não é. Trará resultados — diz.
No Rio, Vasconcelos enfrenta o oposto: ele trabalha na campanha de Ramagem, que vê Paes se destacar em diferentes aspectos da pesquisa.
— Eduardo já tinha comunicação de governo, grande estrutura de redes sociais, e o Ramagem chegou muito em cima da hora. Há muita coisa em construção, como o impulsionamento de rede, e acho que a TV poderá dar a ele um bom resultado — aponta. — Com um índice de desconhecimento assombroso, os primeiros 10, 15 dias na TV são quase um pedágio para Ramagem.
Trabalhos devem ser coordenados pelo deputado André do Prado (PL), que tem o apoio do governador para reeleição na presidência da Casa
Data ainda não foi definida. Grupo também deve discutir outros propostas de mudanças no código eleitoral
Corrente majoritária do partido expôs contrariedade com candidatura de Edinho Silva
Senador estreou podcast tendo o governador Cláudio Castro como convidado; os dois reforçaram o embate com o prefeito Eduardo Paes