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Empresa espera levantar capital, reestruturar as finanças e fortalecer operações comerciais ao longo prazo
A Justiça americana acatou, na semana passada, o pedido de entrada da Gol em recuperação judicial. O pedido do Capítulo 11 (lei de falências do país) foi feito no Tribunal de Falências dos EUA para o Distrito Sul de Nova York. Com o processo, a companhia espera levantar capital, reestruturar as finanças e “fortalecer operações comerciais no longo prazo, enquanto continuam a operar normalmente”.
Na segunda-feira, primeiro dia útil do mercado após a Justiça americana aceitar o pedido de recuperação judicial, as ações da empresa desabaram 33,6%, maior tombo desde o início da pandemia. A reação negativa continuou depois de a empresa ter anunciado que seu patrimônio líquido é de R$ 23 bilhões negativos. A dívida da empresa era de R$ 20,2 bilhões em 31 de dezembro de 2023.
Nesta terça-feira, os papéis continuavam na trajetória de queda, com perdas de mais de 25%.
A Gol alega que tem caixa para manter a operação enquanto passa pela reestruturação. A expectativa é que o processo não gere mudanças no dia a dia da companhia e nem afete os passageiros, avalia o ex-diretor da Anac Ricardo Fenelon, sócio do escritório Fenelon Barretto Rost.
— A expectativa é que não mude nada para o consumidor. A Gol opera com os níveis mais altos de segurança no mundo, tem índices de eficiência operacional altíssima. No primeiro momento, é uma reestruturação financeira. Em um primeiro momento, não há nenhum impacto. Existem vários exemplos de empresas que passaram pelo Chapter 11 e que não mudaram a sua operação, como a própria Latam — explica o advogado.
Em comunicado, a empresa afirmou que os clientes serão atendidos normalmente e que “poderão continuar a organizar viagens e a voar pela Companhia como sempre fizeram”. A companhia acrescenta que eles seguirão acumulando milhas ao voar pela Gol e poderão comprar e resgatar as milhas acumuladas por meio do Smiles, que também faz parte do processo de reestruturação.
A empresa ainda acrescenta que irá honrar todas as obrigações com clientes, incluindo reembolsos de passagens, cupons de viagem e pagamentos ou crédito associados a reclamações de bagagem ou serviços.
— As grandes empresas aéreas americanas já passaram pelo Chapter 11. Ele por si só não é um problema — acrescenta Fenelon. — A Gol vai tentar renegociar suas dívidas com a supervisão do judiciário americano. Como várias companhias aéreas já foram bem-sucedidas, a expectativa com a Gol é a mesma.
Legenda da foto: Avião da Gol – Foto: Divulgação/Gol
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