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Sem fundo público para campanha, Cristina Graeml teve como principal patrocinador Otávio Fakhoury
Candidata do PMB à prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml teve como seu principal financiador o empresário Otávio Fakhoury, que foi alvo da CPI da Pandemia no Senado. Ela chegou ao segundo turno, onde vai enfrentar o vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), após uma arrancada que a tirou do quinto lugar nas pesquisas de intenção de voto.
Fakhoury foi citado na CPI por suspeitas de financiar a divulgação de fake news sobre a pandemia. O empresário, por sua vez, alega jamais ter sofrido ação penal e repudia “quaisquer tentativas de associá-lo indevidamente a práticas criminosas”. A CPI pediu seu indiciamento, mas não houve processo na Justiça.
Graeml teve 291.523 votos no domingo e R$ 393 mil de receita de campanha — R$ 50 mil doados por Fakhoury. Já Pimentel, que alcançou 313.347 votos, arrecadou R$ 12,4 milhões, dos quais, R$ 11,3 milhões vieram do PSD e R$ 500 mil do PL. Nesse cenário, o “custo por voto” da candidata foi 29 vezes menor do que o do seu adversário. O PMB teve um dos recursos negados para o recebimento do fundo eleitoral neste ano devido à ausência de prestação de contas referente aos exercícios financeiros de 2019 e 2020.
—Ele é um apoiador da minha campanha. Eu já tinha conversas com ele desde o início da pré-campanha. Ele foi apoiador de outras campanhas de direita pelo país em outros momentos, e obviamente que eu sabia que eu ia precisar de ajuda. O empresariado local aqui em Curitiba estava muito atrelado ao atual grupo político que comanda a prefeitura e o estado do Paraná— disse Graeml ao GLOBO.
Em nota, o empresário disse que fez os repasses pois é amigo de Graeml e considera que ela representa “todos os valores e princípios” que ele defende. O texto acrescenta que Fakhoury “acredita na importância do processo democrático e na liberdade de expressão, valores que sempre nortearam sua atuação pública e privada”.
Bolsonarista, Graeml começou a corrida eleitoral em baixa, mas deu um salto justamente ao atrair a simpatia do ex-presidente. Ela chegou a publicar um vídeo de uma ligação entre ela e Bolsonaro, onde ele diz ter “tremenda consideração” e torcer por ela. Na pesquisa Quaest de setembro e na anterior, ela tinha 5% das intenções de voto, no sábado, véspera das eleições, passou para 26%.
Defensora dos acusados pelo 8 de janeiro, uma de suas principais propostas é anular multas aplicadas durante a pandemia por descumprimento de medidas de distanciamento social e uso de máscaras.
A jornalista também recebeu o apoio do ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que ficou fora do segundo turno em São Paulo. Em vídeo publicado nas redes sociais, em que os postulantes aparecem lado a lado, Marçal destacou que Graeml é uma “mulher conservadora de direita” ao pedir votos. Na legenda, a candidata do PMB disse receber “com grande alegria” o apoio de Marçal.
Já Pimentel é vice-prefeito da capital paranaense e tem os apoios do atual chefe do Executivo municipal, Rafael Greca (PSD), e do governador Ratinho Jr. (PSD). Seu companheiro de chapa é o ex-deputado federal Paulo Martins (PL), conhecido por ser um “bolsonarista raiz”.
Pimentel conseguiu unir Republicanos, Podemos, Novo e MDB em sua coligação. Um dos seus apoiadores de primeira hora foi o ex-coordenador da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, o ex-procurador e deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo). Ele desistiu de se lançar na disputa pela prefeitura para apoiar o nome do PSD. Pimentel, no entanto, não conseguiu no primeiro turno fechar aliança com o União Brasil e, na reta final, viu o ex-presidente Jair Bolsonaro se distanciar da sua campanha e sinalizar para a adversária.
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