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Endividamento das famílias sobe em julho e atinge maior nível do ano

27 de setembro, 2024 / Por: Agência O Globo

Dados do BC também mostram aumento do comprometimento de renda das famílias com as dívidas com o sistema financeiro

Endividamento das famílias sobe em julho e atinge maior nível do ano
O endividamento das famílias com o sistema financeiro voltou a subir e atingiu o maior nível do ano em julho — Foto: Pexels


O endividamento das famílias com o sistema financeiro voltou a subir e atingiu o maior nível do ano em julho, mostram dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira.

O endividamento das famílias atingiu 47,9% da renda nacional em julho ante 47,7% em junho, a maior fatia desde novembro de 2023 (48,1%). Sem considerar os financiamentos imobiliários, o aumento foi de 29,9% para 30,0%, mesmo patamar de março deste ano.

O comprometimento de renda das famílias para o pagamento das dívidas com os bancos e demais instituições financeiras também subiu em julho. Considerando o financiamento imobiliário, passou de 26,2% para 26,6%. Sem a parcela da casa própria, o aumento foi de 24,1% para 24,5%. Nos dois casos, são os maiores valores desde novembro de 2023.

Nos últimos dias, o tema do endividamento das famílias voltou ao radar em meio ao crescimento das apostas em jogos online. Levantamento do BC estima que o gasto médio dos brasileiros com apostas online ou jogos de azar girou em torno de R$ 20 bilhões por mês este ano.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, classificou a situação como preocupante e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo quer combater o vício em jogos online e que vai tratá-los na regulamentação como cigarro.

Nas estatísticas de crédito de agosto, divulgadas pelo BC nesta sexta, a inadimplência das famílias no crédito livre ficou estável em 5,5%. Dentre as modalidades, chama a atenção o atraso maior que 90 dias no pagamento das dívidas do rotativo do cartão de crédito, que subiu 0,5 ponto percentual e chegou a 55,3% em agosto. A inadimplência no parcelado do cartão de crédito aumentou 0,3pp, para 11,5%.

No geral, o crédito para as famílias avançou 1% no mês, para R$ 3,8 trilhões. As concessões, no entanto, caíram 1,3% para as pessoas físicas. Quando considerado ajuste sazonal, a queda foi de 0,5%.


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