ECONOMIA
Engie é vencedora de principal lote de leilão de energia da Aneel que prevê R$ 3,3 bi em investimentos
27 de setembro, 2024 / Por: Agência O GloboOferta da empresa representou desconto de 48,1% para principal bloco do leilão, que abrange linhas de transmissão e substações de energia em cinco estados
A Engie Brasil foi a vencedora do principal lote do leilão de energia realizado nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O bloco, que contempla a construção de linhas de transmissão e subestações de energia, representa a maior parte dos R$ 3,35 bilhões de investimentos previstos com as concessões.
O bloco levado pela Engie foi dividido em dois sublotes. O primeiro contempla 363 quilômetros de infraestrutura em energia nos estados de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. O segundo, focado na construção de linhas de transmissão no Paraná e Santa Catarina, tem extensão de 417 quilômetros.
O critério para definir as vencedoras do certame é o do menor valor de Receita Anual Permitida (RAP). A medida é o valor máximo que as empresas vencedoras poderão receber por ano para prestação do serviço, que foi definido em R$ 553 milhões.
Com proposta de Receita Anual Permitida de R$ 252,2 milhões, o que representou um deságio (desconto) de 48,1%, a Engie foi a vencedora do primeiro lote, que abrange R$ 2,9 bilhões em investimentos.
A disputa teve propostas da Copel, da Eletronorte, do BTG (a partir do fundo FIP Warehouse), da Cymi e Acciona, em consórcio, e da Alupar e Perfin, também em consórcio.
Ao todo, o leilão de energia, que é o segundo do ano realizado pela Aneel, abrange 783 quilômetros de linhas de transmissão e subestações em seis estados (Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Bahia). Estão contemplados também 162,9 quilômetros em linhas que estão com prazo de concessão perto do vencimento.
A expectativa é que a operação alcance investimentos na ordem de R$ 3,35 bilhões e gere 7 mil empregos. O prazo de concessão é de 30 anos, com período para o início das operações comerciais em até 60 meses.
O leilão previa, inicialmente, a concessão também de um lote de 67 quilômetros de linhas de transmissão e subestações no Rio Grande do Sul. O governo, no entanto, decidiu retirar da operação o lote dois do leilão em razão das enchentes no estado.