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Mais comum em pessoas acima de 65 anos, o mal é um problema degenerativo do sistema nervoso central, crônico e progressivo RESUMINDO A NOTÍCIA O Parkinson é uma doença degenerativa que atinge o sistema nervoso central Há dois tipos da enfermidade: de origem genética e esporádica, associada o envelhecimento O problema é crônico, progressivo e …
Mais comum em pessoas acima de 65 anos, o mal é um problema degenerativo do sistema nervoso central, crônico e progressivo
A população brasileira está cada vez mais velha. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na comparação de 2021 com 2012, o número de idosos cresceu em todas as grandes regiões do Brasil.
Com isso, as discussões sobre as doenças mais comuns na velhice estão cada mais presentes no dia a dia das pessoas. O mal de Parkinson é uma dessas enfermidades. Ele se manifesta em pessoas acima de 65 anos, e estima-se que afete 200 mil brasileiros e 8 milhões de pessoas no mundo.
O neurologista Alex Baeta, neurocirurgião da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que o Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva que atinge o sistema nervoso central.
Ela ocorre devido ao envelhecimento das células nervosas que produzem a dopamina, um neurotransmissor que ajuda na função motora e faz com que não seja necessário pensar em cada movimento que os músculos realizam.
“A falta da dopamina, principalmente na região do sistema nervoso chamada substância negra, leva à perda dos movimentos automáticos e voluntários. Essa região cerebral do tronco central é responsável por levar a dopamina até o centro do cérebro, fazendo toda a modulação e determinando o sistema motor do indivíduo”, afirma Baeta.
O sintoma mais comum do Parkinson são os tremores, mas o médico alerta que nem todos os pacientes manifestam essa característica.
“A doença apresenta um conjunto de sinais e sintomas. O tremor é um deles, mas existem casos em que o tremor é muito reduzido ou inexistente, que chamamos de forma rígido-acinética, ou seja, o paciente tem rigidez e tem oligocinesia, que é a diminuição dos movimentos automáticos. O conjunto de sinais é chamado de síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo”, explica o neurocirurgião.
O diagnóstico é feito essencialmente pela avaliação clínica do paciente. Às vezes, podem ser usados exames de imagens para confirmar a enfermidade. O neurologista é o médico mais indicado para diagnosticá-la, já que outras doenças ou alguns remédios podem causar o que é chamado de síndrome parkinsoniana, que não é Parkinson.
“Há uma série de doenças diferentes, e causas diversas podem ter os mesmos sintomas. Mas, em 70% dos casos, é doença de Parkinson. Às vezes, remédios simulam doenças de Parkinson, como os para vertigem e tontura, que muitos idosos usam. Eles podem apresentar o parkinsionismo como efeito colateral”, observa o médico.
Existem dois tipos de Parkinson: o de origem genética, que passa de pai para filho, e o esporádico, que é causado pelo envelhecimento.
“O tipo esporádico é o mais comum. Todos envelhecemos e temos perdas progressivas de células nervosas, que produzem dopamina. Mas algumas pessoas perdem essas células mais rápido, diminuindo ainda mais os níveis de dopamina. É como se fosse uma morte precoce com maior intensidade, já que todo o indivíduo apresenta essa perda progressiva. Normalmente, o envelhecimento começa a partir dos 40 anos; quanto mais idoso o paciente, maiores são as chances de ele desenvolver a doença de Parkinson”, diz Baeta.
Por ser uma enfermidade degenerativa e progressiva, ela não tem cura. Mas existem tratamentos para diminuir os seus efeitos físicos.
“Há muitos remédios indicados, e geralmente os organismos respondem bem a eles. Os medicamentos repõem a dopamina que está faltando. Além da medicação, as pessoas precisam fazer atividades físicas e, em alguns casos, uma reabilitação cognitiva. O paciente é obrigado a fazer atividade física. Quem não faz tem uma evolução pior”, ressalta o neurocirurgião.
Não há uma forma de prevenir a doença, já que ela está associada ao envelhecimento. No entanto, o acompanhamento médico periódico na velhice é fundamental. “Quanto mais precoce o tratamento, melhor a evolução do doente”, conclui Baeta.
Veja sete dicas para envelhecer com saúde e viver mais tempo
Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2030, ou seja, daqui a pouco mais de sete anos, a população de idosos no Brasil vai superar o número de crianças e adolescentes até 14 anos. A expectativa de vida em 2019, antes da pandemia, era de 73,1 anos para os homens e 80,1 anos no caso das mulheres. Mas como envelhecer com saúde e, se possível, conseguir viver um pouco mais?
De acordo a nutricionista e presidente do departamento de gerontologia — estudo do envelhecimento — da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), Simone Fiebrantz, o envelhecimento saudável está relacionado com a associação de três fatores.
‘Modificar o estilo de vida com foco no tripé controle de doenças, alimentação e atividade física vai fazer uma diferença grande, tanto na qualidade de velhice, quanto vai ajustar a vida durante ao longo dos anos’, diz ela.
A especialista separou sete dicas importantes para que todos possam sonhar com uma velhice melhor
Entender que os cuidados com a saúde não devem começar quando se iniciam os desgastes causados pelos anos é fundamental.
‘Costumamos falar na gerontologia que a prevenção e promoção da saúde se dá lá na infância e até mesmo no intraútero. Por isso, a primeira dica é não esperar fazer 60 anos para você começar a se preocupar com a saúde. Durante a vida toda você tem que estar atento e fazendo situações de promoção de saúde e prevenção de doenças’
No ponto de vista das atividades físicas, manter músculos tem de ser prioridade, mas a especialista ressalta que não é só para evitar a sarcopenia — perda de massa e função do músculo.
‘A partir dos 30 anos, nós começamos a ter uma diminuição de massa muscular no corpo, e essa diminuição acaba sendo substituída por uma reserva de gordura. Tem vários estudos que mostram que quando a gente perde massa muscular ela não está só ligada à questão de risco de queda, a fragilidade mesmo de sarcopenia. Hoje, vemos que isso influencia também a questão de demências, por exemplo. Quanto menos atividade física eu faço, quanto menos massa muscular, também tem uma correlação com a questão neurológica, cognitiva’, explica a nutricionista
A manutenção da massa muscular passa também por uma alimentação correta e, nesse caso, não se restringe apenas à manutenção do peso, a ingestão de proteínas é essencial.
‘Precisamos garantir uma ingestão alimentar de proteína adequada, e ela depende da faixa etária. Por exemplo, para adulto, que seria até 59 anos, a gente vai ter de consumir 0,8g de proteína por quilo de peso. Agora, a partir dos 60 anos, essa necessidade aumenta em 40% e passa para 1,2 a 1,5g, para eu não perder e eu conseguir construir massa muscular’, alerta Simone
Nas questões de saúde é importante que os exames e as consultas de rotinas estejam em dia.
‘É muito importante que as pessoas façam o acompanhamento com médico, para que as pessoas tenham acompanhamento médico durante a vida e se cuide. Se a pessoa controla a diabetes, se controla a hipertensão, o colesterol, por exemplo, é possível diminuir os impactos que prejudicariam o envelhecimento’, diz a especialista
Não pense que cuidar da saúde é só ter exames em dia, não. Ouvir bem é importante no envelhecimento.
‘A perda auditiva tem uma relação direta com a questão cognitiva. Os idosos têm uma perda auditiva lá para a frente, que faz parte do envelhecimento, mas o que a gente tem visto é cada vez antes aparecer esse problema pelo uso de fones com músicas altas. Se a pessoa não usa um aparelho auditivo, tem maior risco de demência, isso já é comprovado em estudos’, alerta Simone
Pensar em como ocupar o tempo na velhice é um conselho valioso. Escolher um hobby pode ajudar a ter prazer e ocupar o tempo na terceira idade.
‘É importante ter um hobby para a saúde mental, ter um momento de desligar. Na vida de adulto, corrida, parece não ser tão importante, mas quando chegamos à terceira idade termos um tempo pode ser um momento em que você vai se dedicar ao seu hobby, uma música, uma pintura, um bordado, uma culinária, uma leitura, uma escrita, uma poesia, enfim. Então, a importância de você identificar um hobby faz uma grande diferença na qualidade de vida no futuro’
A sétima e última dica da especialista é ter um propósito de vida.
‘Independentemente da faixa etária, precisamos ter um propósito. Por exemplo, tenho quase 50 anos, o que que eu já fiz, o que que eu gostaria ainda de fazer? Seja com 60, 70, 80… Sempre temos coisas que gostaríamos de aprender’, aconselha a Silvana
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