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Semana Escolar de Combate à Violência Contra a Mulher busca sensibilizar estudantes da rede pública de ensino sobre respeito e equidade
A Semana Escolar de Combate à Violência Contra a Mulher ocorre de 24 a 28 de março na rede pública de ensino do Distrito Federal | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Combater os crimes contra a mulher por meio da conscientização e do debate. Essa é a estratégia adotada na Semana Escolar de Combate à Violência Contra a Mulher, que ocorre de 24 a 28 de março, nas escolas públicas do Governo do Distrito Federal. A ação tem como objetivo sensibilizar os estudantes sobre as diversas formas de violência de gênero, promovendo respeito, equidade e fortalecimento das redes de apoio.
“A Semana Escolar de Combate à Violência Contra a Mulher é uma oportunidade de conscientizarmos nossas crianças e adolescentes sobre a importância do respeito aos direitos das mulheres e do combate à violência de gênero desde cedo. Ensinar aos jovens que igualdade e respeito são fundamentais para uma sociedade e para um mundo melhor é proporcionar um futuro mais seguro e feliz para todos”, destaca a vice-governadora do DF, Celina Leão.
A iniciativa está prevista na Lei Federal nº 14.164/2021 e garante uma programação que inclui palestras e painéis de discussão, com a participação de especialistas da Secretaria da Mulher (SMDF).
O enfoque das discussões está na reflexão sobre comportamentos naturalizados pela sociedade que acabam reproduzindo o machismo. “Às vezes, um ato ou uma fala que são tidos como algo muito simples e corriqueiro e que nós não damos a devida atenção contribui para o machismo. E as pessoas têm a tendência de não associarem isso à questão do feminicídio”, observa a palestrante e psicóloga da Secretaria da Mulher, Paloma Fernandes, durante ação no Centro de Ensino Fundamental 05 de Taguatinga (CEF 05) voltada para alunos do 8º e 9º anos.
Para a psicóloga, o direcionamento da iniciativa para os jovens é essencial no processo de prevenção da violência e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária: “Nosso foco nessas palestras é trabalhar na base, combatendo a violência contra a mulher em seu aspecto estrutural, o que exige um trabalho de longo prazo, por não ser algo que se combata de uma hora para outra”.
“Quando a gente trabalha esse assunto de forma aprofundada, conseguimos tirar um pouco isso da sociedade e melhorar a convivência dos homens e das mulheres”, afirma a estudante Emanuelle Mendonça
A escola, como espaço de formação cidadã, desempenha um papel fundamental na transformação social e no combate à violência contra a mulher, de acordo com o diretor do CEF 05, Lelton Melo da Fonseca. “A gente entende com muita seriedade a discussão de temas das minorias. Porque esse período educacional acaba sendo talvez a única oportunidade que eles têm para trabalhar assuntos de diversidade”, observa.
O aluno do 9º ano do CEF 05, Lucas Maia, 15 anos, aprova a proposta: “Eu acho muito importante promover essas palestras na escola, porque isso vai ensinando os alunos a não fazer esse tipo de violência contra as mulheres”, comenta. O jovem ainda reforça a necessidade do respeito com as mulheres. “Já aconteceram casos de agressão na minha família e foi muito importante aprender que muitas ações naturalizadas pela sociedade não são corretas”, observa.
Já a estudante do 9º ano do CEF 05, Emanuelle Mendonça, 14 anos, acredita que discutir questões voltadas para o gênero feminino ajuda a quebrar um ciclo de violências e desrespeito. “Quando a gente trabalha esse assunto de forma aprofundada, conseguimos tirar um pouco isso da sociedade e melhorar a convivência dos homens e das mulheres. Com o tempo, acredito que muitas barreiras podem ser superadas e que, cada vez mais, seja mais fácil conversar sobre esse assunto”, destaca a aluna.
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