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Iniciativa liderada por estudantes e voluntários cria espaço seguro para escuta, acolhimento e promoção da saúde mental no Cemeit, em Taguatinga
Há seis anos, um movimento vem mudando a realidade de centenas de estudantes do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (Cemeit). Trata-se do Grupo de Enfrentamento à Depressão e ao Suicídio (GEDS) – carinhosamente chamado de “Gerando Amor” –, uma iniciativa coordenada com o apoio dos Educadores Sociais Voluntários (ESVs) que tem acolhido, escutado e conscientizado jovens sobre saúde mental.
Com o apoio de professores, servidores e voluntários da saúde mental, o grupo aborda temas delicados, mas urgentes, como ansiedade, depressão, autoestima e comportamento alimentar. São palestras, dinâmicas de escuta ativa e ações simbólicas como “Caixa do desabafo”, “Abrace-me”, “Se expresse” e “Correio da Gratidão”.
Ao todo, estima-se que cerca de 16 mil pessoas já tenham sido impactadas direta ou indiretamente pelas atividades.
“Às vezes, é uma coisa tão simples, como um abraço, mas que eles não têm em casa. E quando recebem na escola, dizem: ‘Era tudo que eu precisava’”, conta Vitória Kalil, coordenadora do projeto e ex-aluna do Cemeit. Para ela, o diferencial está justamente no protagonismo estudantil: “É de jovem para jovem. Muitos não conseguem se abrir com os pais ou com o psicólogo, mas conseguem conversar com colegas”.
O GEDS também conta com o apoio da Secretaria de Educação do DF, por meio da atuação de Educadores Sociais Voluntários (ESVs), como Vitória. A rede pública tem hoje cerca de 7.300 ESVs em escolas de todas as regiões administrativas.
Hoje, com cerca de 20 voluntários em atuação, entre estudantes, ex-alunos e profissionais da saúde, o GEDS já foi reconhecido nacionalmente. Em 2019, o projeto foi finalista do Desafio Criativos da Escola, que celebra iniciativas lideradas por estudantes em todo o país.
A psicóloga Beatriz Reis, uma das voluntárias, esteve na escola nesta quarta-feira (30) para conduzir uma palestra sobre autoestima, ansiedade e a relação emocional com a comida. “Mostramos que autoestima é ação. Quando o jovem começa a praticar isso no cotidiano, ele entende que pode lidar com as emoções de outras formas, sem recorrer à comida como alívio”, explica.
A estudante Catarina Benedeti, de 17 anos, afirma que encontrou no projeto um espaço seguro para dialogar. “Gostei bastante. É um momento para falar sobre autoestima, sobre família, é um momento de conversa mesmo. Isso falta muito”, diz. Já Thiago Tavares, também de 17, acredita que projetos como o GEDS deveriam ser parte do currículo educacional: “Tinha que ter toda semana, ou pelo menos uma eletiva. Seria muito importante”.
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