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Esplanada terá segurança reforçada na quarta-feira

30 de janeiro, 2023

De acordo com o interventor federal na área de segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, a estrutura será similar à montada no dia 1º […]

Esplanada terá segurança reforçada na quarta-feira
Ricardo Cappelli: “Segurança reforçada tomará conta da Esplanada” - Foto: Valter Campanato/ABr

De acordo com o interventor federal na área de segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, a estrutura será similar à montada no dia 1º de janeiro, para a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O interventor afirmou ainda que as manifestações democráticas são garantidas pela Constituição Federal e que os atos criminosos que culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, não voltarão a se repetir.

Segurança da Esplanada será reforçada para posse de parlamentares

Segundo Ricardo Cappelli, interventor federal, a operação será similar à montada no dia 1º de janeiro

Os 27 senadores e os 513 deputados federais eleitos em outubro de 2022 tomarão posse na quarta-feira (1º). Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (30), o interventor federal na área da segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou que a segurança será reforçada.

“Estamos montando uma grande operação, uma operação similar a aquela montada no dia 1º, para a posse do presidente Lula, para essa semana. Temos a posse dos deputados, dos senadores, a eleição das mesas das duas casas, e também a reabertura do ano judiciário. Então, é uma operação de segurança reforçada que vai tomar conta da Esplanada”, disse Cappelli.

O interventor afirmou que as manifestações democráticas são garantidas pela Constituição Federal e que os atos criminosos que culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, não voltarão a se repetir.

“Quem quiser vir, o Brasil é um país livre e democrático. O direito à manifestação é garantido pela Constituição. Manifestações democráticas não há qualquer problema. Agora, não há chance de se repetir aquilo, aqueles fatos inaceitáveis que o Brasil presenciou no dia 8 de janeiro”, afirmou.

Atos criminosos

Cappelli avaliou que pelo menos três questões centrais permitiram que os atos criminosos do dia 8 de janeiro acontecessem. “Aquele acampamento montado em frente ao QG [do exército] teve centralidade. Os manifestantes, as pessoas que iam cometer crimes aqui em Brasília se concentravam naquele acampamento, faziam ali os planos, dali saíam do setor militar urbano, praticavam crimes e depois voltavam para aquele acampamento dentro do setor militar urbano”, disse.

O interventor destacou que não houve falta de informação aos gestores da segurança pública do Distrito Federal. “Há um relatório da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal do dia 6, portando da sexta-feira, dois dias antes dos eventos do dia 8, indicando que as manifestações aconteceriam e que inclusive existia a possibilidade de invasão dos prédios públicos, da invasão do Congresso Nacional. Então, não faltou informação”, destacou Cappelli.

Para Cappelli, a falta de planejamento contribuiu para a realização dos ataques criminosos.
“A terceira questão importante é que o principal problema foi a ausência absoluta de planejamento. Não houve planejamento. A informação chegou e isso não gerou o desdobramento necessário, que deveria ter gerado”, afirmou.

O interventor afirma que o contingente de policiais militares em ação foi insuficiente. “Pela ausência de planejamento não há sequer um número preciso, mas pelas imagens a gente consegue estimar algo em torno de 150 homens da Polícia Militar no máximo na Esplanada naquele fatídico dia 8. Isso é absolutamente insuficiente para as informações e para a quantidade de manifestantes que existia lá”, disse.

Segundo Cappelli, foram abertos seis inquéritos policiais militares que apuram a possibilidade de desvio de conduta por agentes no dia 8 de janeiro. “Um desses inquéritos foi aberto exclusivamente para apurar a conduta dos comandantes – do comandante e dos subcomandantes. Tenho plena confiança na corregedoria da Polícia Militar, que tem feito um trabalho exemplar e que vai apurar e punir aqueles que cometeram erros”, pontuou. (Da CNN Brasil).

Intervenção na segurança do Distrito Federal termina amanhã

Termina nesta terça-feira (31) a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, determinada após os atos terroristas ocorridos no dia 8 de janeiro, que resultaram na invasão e no vandalismo contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Não está nos planos do Ministério da Justiça manter a intervenção após o término do prazo estipulado inicialmente.

Em várias oportunidades, o interventor indicado pelo governo federal, Ricardo Cappelli, disse ter “plena confiança” nas forças de segurança do DF e que aprova indicação do delegado federal Sandro Avelar para o cargo de secretário de Segurança, feito pela governadora em exercício, Celina Leão.
Em declarações recentes, Cappelli disse ter confiança de que Avelar tem os requisitos necessários ao cargo, para conduzir e planejar as ações previstas para os próximos dias, o que inclui o esquema de segurança para a posse, dia 1º, dos novos parlamentares no Congresso Nacional.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse, na última semana, que não pretende prorrogar a intervenção porque não existe mais causa constitucional para tal medida.