Festival Horizonte 2025 abre inscrições para contadores de histórias
Seleção visa a escolher 24 pessoas ou grupos da área, profissionais ou amadores, que vão integrar a programação do evento
A programação inclui uma cerimônia para a entrega do Título de Cidadão Honorário do DF para o Mestre Tico Magalhães
Há 20 anos nascia o Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, grupo de cultura popular que presenteou a nossa jovem capital com mitos, ritmos e figuras inspiradas na riqueza e diversidade do cerrado. Para celebrar essa moderna tradição – patrimônio cultural imaterial do DF –, o Centro Tradicional de Invenção Cultural, sede do grupo, recebe a comunidade candanga para uma extensa programação que começou na quinta (13/6), com aula espetáculo de Helder Vasconcelos e se estende até sábado (15/6), com o Fuazeiro.
A festa popular, que faz um lindo louvor a Brasília, compõe um amplo e festeiro projeto batizado de “Festas Vivas”, projeto realizado pela Artise e pelo Centro Tradicional de Invenção Cultural em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF e com o GDF.
Além de comemorar o aniversário do grupo, que nasceu em dezembro de 2004, há exatos 20 anos, a festa Fuazeiro é uma homenagem a Seu Estrelo, filho de Sinhá Laiá, figura sagrada do Mito do Calango Voador. A história, inventada por Mestre Tico Magalhães, narra o surgimento do mundo, do cerrado, de Brasília e fundamenta toda a manifestação cultural da tradição candanga.
Assim como o Fuazeiro, a Festa de Abrição, realizada em abril e a Festa Alada, em setembro, as tradicionais festas cerratenses estão prestes a serem incluídas, pela CLDF, no Calendário Oficial de Eventos do Distrito Federal. O Projeto de Lei foi encaminhado para a CCJ – Comissão de Constituição e Justiça – para exame e parecer.
“A existência de nossa brasilidade só é possível por causa de nossas festas populares. Enquanto a ciência estuda a matéria e o indivíduo, as festas tradicionais buscam o espírito e o coletivo. É o que temos de mais poderoso para a construção de um Brasil original e inventivo”, ressalta Mestre Tico.
O criador do grupo e de todo o Mito do Calango Voador também será homenageado neste vigésimo aniversário. A festa celebra outro importante marco e reconhecimento para a trajetória do grupo e do Mestre: a entrega do Título de Cidadão Honorário para Tico Magalhães, honraria concedida pela CLDF.
Como não poderia ser diferente, em 2024, o aniversário do Seu Estrelo representa mais uma oportunidade criada pelo grupo para promover diversidade e cultura no DF. Entre as estrelas locais, está a tradicional sambada do próprio grupo e a Orquestra Alada Trovão da Mata. Diretamente de Pernambuco, o Fuazeiro recebe Maciel Salú, mestre de maracatu-rural, rabequeiro, cantor e compositor.
“Vinte anos de Seu Estrelo são vinte anos de luta pela cultura popular. Tico é uma pessoa que eu tenho muita admiração. Ele e todo o grupo sempre tiveram muito carinho e respeito pela família Salustiano. Para mim, será uma honra muito grande trazer o show ‘Ogum’ para essa comemoração. Vinte anos não são vinte dias”, afirma Maciel Salú.
Como parte da programação do projeto Festas Vivas, a cada festejo o grupo promove uma roda de conversa com Mestras e Mestres Populares, fazedores de festanças, pesquisadores e gestores culturais. Os encontros pretendem incentivar uma troca de ideias sobre a importância e a sabedoria que permeiam as festas populares brasileiras. O convidado da vez é o músico, ator, dançarino, fazedor de festa pernambucano, Helder Vasconcelos.
“Teremos uma aula espetáculo que envolve música, dança e teatro, proporcionando demonstração e um pouco de interação com o público. Vamos falar sobre os princípios que regem os fazeres da tradição popular e vou partilhar também um pouco da minha experiência e relação com as tradições populares da Mata Norte, como o Cavalo Marinho e o Maracatu Rural”, comenta o multi-artista. Ainda segundo Helder, admiração e identificação com a brincadeira de Seu Estrelo são pontos fundamentais da relação com o grupo.
“Falar de Seu Estrelo é um prazer grande, temos uma relação muito profunda e espero que dure muitos anos. Há uma característica com a qual eu me identifico muito em toda a criação e expressão do grupo: essa ligação profunda com as tradições. No seu jeito de se relacionar com a música, a dança, mas que tem também um lugar de atuação na inovação, que traz uma ligação com o contexto contemporâneo. Não à toa estamos desenvolvendo uma parceria ao longo do tempo. Acho que partilhamos bastante destes princípios, desse jeito de fazer a cultura popular e das possibilidades de visão de mundo”, complementa.
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