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Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são porta de entrada aos serviços. Fevereiro Roxo lembra a importância de falar sobre a doença e seus tratamentos
Todos esses podem ser sintomas de fibromialgia, dores que se espalham por várias partes do corpo, fadiga, distúrbios do sono, ansiedade e alterações de memória e de atenção. A rede da Secretaria de Saúde (SES-DF) oferece diversas práticas integrativas gratuitas que podem auxiliar no tratamento da síndrome, além do medicamentoso.
A acupuntura é uma delas. Segundo o médico e Referência Técnica Distrital (RTD) de Reumatologia da SES-DF, Rodrigo Aires, o procedimento tem demonstrado eficácia no alívio da dor e no tratamento de inúmeras condições. Em pacientes com fibromialgia, a prática complementa os tratamentos tradicionais, trazendo melhora na qualidade de vida e nas práticas do dia a dia.“Durante as sessões, há um estímulo do sistema nervoso a partir dos acupontos, capaz, entre outras coisas, de liberar os músculos e neurotransmissores como a endorfina, que está relacionada ao prazer e à diminuição da dor”, explica.
As chamadas Práticas Integrativas em Saúde (PIS) são entendidas como formas de cuidado que abordam a saúde do ser humano em sua multidimensionalidade. Isto é, atuam nos aspectos físico, mental, psíquico, afetivo e espiritual. Além da acupuntura, são exemplos de PIS oferecidas pela rede pública: arteterapia, auriculoterapia, automassagem, fitoterapia, homeopatia, Lian Gong em 18 terapias, medicina e terapias antroposóficas, meditação, musicoterapia, reiki, shantala, tai chi chuan, Terapia Comunitária Integrativa (TCI), ayurveda, ioga e Técnica de Redução de Estresse (TRE).

A fibromialgia caracteriza-se também pela desregulação da resposta ao estresse e pela associação a síndromes funcionais. A queixa central é dor musculoesquelética generalizada crônica, vinculada a sintomas como fadiga, distúrbio do sono e cognitivos (memória e concentração) e alterações de humor (depressão e ansiedade).
“Com frequência, a doença associa-se a outras condições em que as sensações dolorosas do corpo são aumentadas, como a síndrome do intestino irritável e cefaleia”, diz o especialista.
Trata-se de uma doença mais comum entre as mulheres. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, de cada dez pacientes com o diagnóstico, sete a nove são do sexo feminino. No entanto, a síndrome também pode acometer homens, idosos, adolescentes e crianças.
O diagnóstico para a fibromialgia é clínico, baseado nos incômodos apresentados pela condição, sem a necessidade de qualquer exame subsidiário.
O principal sintoma é a dor difusa crônica, ou seja, em ao menos quatro das cinco regiões do corpo — braço direito, braço esquerdo, perna direita, perna esquerda e tórax. Normalmente, o paciente não consegue definir quando e em qual região as dores começaram. São elas:
– Síndrome do intestino irritado;
– Dor de cabeça crônica;- Fadiga;
– Distúrbios de sono;
– Transtornos de humor, como depressão e ansiedade;
– Déficit de atenção e de memória;
– Formigamento nas mãos;
– Ardência ao urinar.
De acordo com Aires, a estratégia para o cuidado ideal da fibromialgia requer uma abordagem multidisciplinar com a combinação de tratamentos farmacológico e não farmacológico. Ele deve ser elaborado em discussão com o paciente, conforme a intensidade da dor, sua funcionalidade e suas características, considerando ainda questões biopsicossociais e culturais.
Ao menos duas vezes na semana, pessoas com fibromialgia precisam realizar exercícios musculoesqueléticos. “Programas individualizados de exercícios aeróbicos podem ser benéficos para alguns pacientes. A intensidade depende da idade e da condição, atingindo o ponto de resistência leve, não o ponto de dor”, detalha o médico.

Em adição às atividades físicas, são utilizados também medicamentos para tratamento de dor crônica como analgésicos, antidepressivos, miorrelaxantes e anticonvulsivantes. “Na SES-DF realizamos periodicamente a capacitação dos médicos da Atenção Primária à Saúde. O tratamento da fibromialgia é direcionado à redução dos principais sintomas desse distúrbio”, complementa o RTD.
Os pacientes nessa condição devem ser acompanhados por médicos das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Caso a fibromialgia esteja associada a alguma outra doença reumática, o usuário pode ser encaminhado à avaliação com especialista em hospitais regionais da rede que tratam a síndrome: Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Ceilândia (HRC), Gama (HRG), Santa Maria (HRSM), Asa Norte (Hran) e ainda no Hospital da Região Leste (HRL – Paranoá) e o de Base.
Com o lema “Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto”, a campanha Fevereiro Roxo, apoiada pela SES-DF, surgiu em 2014 para conscientizar sobre doenças como Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia. O intuito é compartilhar informações referentes a sintomas e tratamentos disponíveis, e mostrar que o diagnóstico precoce ajuda a trazer resultados positivos mais rápido, com grande impacto na qualidade de vida.

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