O longa-metragem “A Maldição do Mamulengo”, que une documentário e ficção para retratar a tradição do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste, iniciou sua produção no Distrito Federal. Reconhecida como patrimônio cultural imaterial pelo IPHAN, essa manifestação popular ganha nova vida no cinema em um projeto que também será filmado em Goiás e Pernambuco. Para compor o elenco, a produção está com inscrições abertas até o dia 7 de dezembro. São 38 vagas destinadas a jovens, adultos e idosos, com atenção especial à representatividade. A seleção busca destacar o universo diverso que compõe o mamulengo, uma arte que, além de ser lúdica, carrega histórias de resistência, liberdade e identidade cultural.

“O mamulengo não é apenas teatro; é história viva. Por isso, queremos que o elenco reflita toda a riqueza e pluralidade dessa tradição”, afirma LeoMon, cineasta e diretor do projeto. Os interessados devem acessar o formulário de inscrição disponível no site oficial da Cinese Audiovisual. A produção inclui ensaios em janeiro de 2025 e o início das gravações em fevereiro.

O filme, que mescla documentário e ficção, busca criar um paralelo entre a prática do folguedo popular e sua relevância para a construção da identidade cultural no Distrito Federal, região que abriga o maior número de mamulengueiros fora do Nordeste. O longa trará entrevistas com mestres, mestras, brincantes, musicistas e bonequeiros, além de momentos ficcionais que recriam o imaginário e as lendas em torno dessa arte. Para a Cinese Audiovisual, que acompanha há uma década o processo de salvaguarda dos agentes do mamulengo, este é um projeto que vai além do cinema. “Queremos fortalecer a cultura do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste e garantir que esse patrimônio continue inspirando as gerações de hoje e de amanhã”, reflete Alice Lira, Produtora Executiva do Projeto.

Realização do longa

Contemplado pelo Edital Nº 21/2023 – AUDIOVISUAL da Lei Federal Paulo Gustavo, o longa é uma realização coletiva, com produção da Cinese Audiovisual, em parceria com a Candiá Produções e a Aicon Ações Cinematográficas, e apoio da Associação Fuzuê de Arte e Cultura e da Locadora Posh. Sob a direção de LeoMon, cineasta com ampla experiência em projetos que exploram as manifestações culturais brasileiras.

O projeto reúne uma equipe de profissionais experientes e comprometidos com a valorização da cultura popular. A pesquisa é conduzida por Thiago Francisco, brincante e bonequeiro do Mamulengo Fuzuê, que agrega ao filme sua vivência e conhecimento sobre o Teatro de Bonecos Popular do Nordeste. Na direção de arte, Maíra Carvalho, premiada no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Helder Fruteira assina a direção de fotografia, Olivia Hernández Fernández conduz direção de som e a trilha sonora original é assinada por Maísa Arantes e Marcelo Neder.