
Eduardo Bolsonaro tem visto válido por seis meses e precisará de aval de Trump caso queira ficar mais tempo nos EUA
Para driblar as limitações do visto atual, Eduardo tem dito que pretende solicitar asilo político ao governo americano
Quatro brasileiras estão sob custódia do governo americano e aguardam deportação
Quatro brasileiras investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro estão presas nos Estados Unidos após ingressarem ilegalmente no país. Três delas foram detidas no dia seguinte à posse de Donald Trump, aliado de Jair Bolsonaro (PL). A informação foi divulgada inicialmente pelo portal UOL e confirmada pelo Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) ao jornal O Globo.
As quatro mulheres estavam na Argentina e seguiram para os Estados Unidos em busca de asilo no governo Trump, após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinar a extradição dos envolvidos nas manifestações de 2023.
Segundo as autoridades americanas, Raquel de Souza Lopes, de 52 anos, foi a primeira a ingressar ilegalmente no país, em 12 de janeiro. Ela foi detida no mesmo dia pela patrulha de fronteira e transferida, na véspera da posse de Trump, para o centro de detenção El Valle, em Raymondville, Texas, onde aguarda deportação. Natural de Joinville (SC), Raquel é acusada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de depredar o Palácio do Planalto. Sua defesa nega envolvimento nos atos de vandalismo, mas ela foi condenada a 17 anos de prisão.
As outras três brasileiras entraram nos Estados Unidos no dia seguinte à posse de Trump, em 21 de janeiro, e foram presas no mesmo dia. Elas aguardam remoção no centro de detenção de El Paso, também no Texas.
Entre elas está Rosana Maciel Gomes, de 51 anos, condenada a 14 anos de prisão. Natural de Goiás, sua defesa alega que, ao presenciar a depredação do Palácio do Planalto, ela entrou em “estado de choque” e não participou dos atos de vandalismo.
Michely Paiva Alves, de 38 anos, de Limeira (SP), responde ao STF por cinco crimes e tem um mandado de prisão em aberto. Segundo a Polícia Federal, ela teria organizado a viagem de trinta pessoas de sua cidade até Brasília para participar dos protestos.
Já Cristiane da Silva, de 33 anos, de Balneário Camboriú (SC), foi condenada a um ano de prisão por incitação aos atos golpistas. Sua defesa nega envolvimento e afirma que ela estava em Brasília apenas a passeio.
Embora Trump seja aliado de Bolsonaro, sua política de imigração é rigorosa. No último domingo, seu governo deportou mais de duzentos venezuelanos para El Salvador. Para justificar a medida, o presidente invocou a Lei de Inimigos Estrangeiros, criada há 227 anos para ser aplicada em tempos de guerra, o que não se enquadra no caso dos imigrantes ilegais.
Três dias após tomar posse, Trump declarou que não permitirá que o território americano seja “invadido” e criticou seu antecessor, Joe Biden, por flexibilizar as políticas migratórias.
— Decidi e declarei uma importante emergência nacional na nossa fronteira com efeito imediato, proibindo a entrada de todos os imigrantes ilegais, que eram muitos, e comecei a enviá-los de volta para os lugares de onde vieram — afirmou o presidente americano.
Para driblar as limitações do visto atual, Eduardo tem dito que pretende solicitar asilo político ao governo americano
Ministros também analisam solicitação de Braga Netto para retirar Alexandre de Moraes do caso
Ministro do STF realizou evento em seu apartamento em Brasília
Debatidas e votadas durante reunião extraordinária da Comissão de Assuntos Fundiários