
Banco Central decide hoje se pausa ciclo de altas na Taxa Selic
Juros básicos estão no maior nível em quase 20 anos
Encontro ocorre em meio às negociações para aquisição de ativos da instituição financeira pelo BRB
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, se reúne nesta sexta-feira com Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, e Augusto Ferreira Lima, CEO da instituição financeira. O encontro ocorre em meio às análises para a compra do Master pelo BRB.
No último fim de semana, o presidente do BC chegou a se reunir em São Paulo com representantes de grandes bancos privados para discutir a operação.
O banco de Brasília anunciou no último dia 28 a compra de 58% do capital do banco Master por R$ 2 bilhões. Ontem, o presidente da instituição, Paulo Henrique Costa, disse que o preço deverá recuar. Ele afirmou que a instituição ainda está analisando os dados e devem ser excluídos da transação bem mais que os R$ 23 bilhões em ativos do Master, que ele havia comentado em diversos entrevistas.
Costa tem afirmado em entrevistas que o acordo de compra do Master, anunciado pelo banco controlado pelo governo do Distrito Federal, vai envolver a compra dos ativos mais saudáveis e estrategicamente relevantes do Master.
O Master capta recursos via Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) — que correspondem a 80% de sua captação — e empresta a empresas com problemas financeiros. Também criou estruturas que preveem a conversão em participações societárias nessas empresas.
Sua lista de ativos inclui ainda precatórios e direitos creditórios, papéis que, na avaliação de analistas, são de difícil precificação e têm baixa liquidez. Estes ativos já estavam previstos para ficar fora do negócio. Segundo o presidente do BRB, o interesse maior é na carteira de crédito com garantia.
A operação prevê a compra de 49% das ações com direito a voto e de 100% dos papéis sem voto. Desde que o negócio foi anunciado, agências de classificação de risco apontaram incertezas quanto à execução da operação, que envolve um banco público e um banco privado.
Para de fato sair do papel, o negócio depende de aval do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade, órgão que regula a concorrência).
Entre as incertezas para o negócio, está justamente a questão da forma de precificar ativos considerados de pouca liquidez, segundo analistas. Além disso, em seu balanço de 2024, o Banco Master informou ter patrimônio líquido de R$ 4,7 bilhões, mas conta com vencimento de CDBs até junho de R$ 7,6 bilhões.
Juros básicos estão no maior nível em quase 20 anos
Com adicionais, valor médio é de R$ 666,01
Números sorteados foram: 03 - 05 - 15 - 37 - 54 - 57
Apostas podem ser feitas até as 19h, horário de Brasília