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Governo do DF assina contratos para construção de seis novas UPAs

6 de junho, 2025 | Por: Agência Brasília

As unidades ficarão nas regiões de Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul, Estrutural, Água Quente, Guará e Águas Claras

As unidades, sob responsabilidade do IgesDF, serão erguidas nas regiões de Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul, Estrutural, Água Quente, Guará e Águas Claras | Foto: Divulgação/IgesDF

O Governo do Distrito Federal (GDF) assinou, na noite dessa quarta-feira (4), os contratos para a construção de seis das sete novas unidades de pronto atendimento (UPAs) previstas para o Distrito Federal. As unidades, sob responsabilidade do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), serão erguidas nas regiões de Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul, Estrutural, Água Quente, Guará e Águas Claras.

A sétima UPA prevista, na região de Arapoanga, ainda não teve contrato formalizado – a empresa vencedora do processo licitatório desistiu do certame, e, agora, será convocada a segunda colocada. A expectativa é que o contrato também seja assinado nos próximos dias.

O governador Ibaneis Rocha destacou que o investimento total de R$ 117 milhões nas novas unidades representa o maior pacote de expansão da rede de urgência e emergência do DF dos últimos anos. “Estamos instrumentando e dando condições para que a saúde do Distrito Federal melhore cada vez mais. São unidades em cidades que ainda não tinham equipamentos de saúde”, afirmou.

“A nossa população é de aproximadamente 3 milhões de habitantes, e atendemos na rede mais 2 milhões de pessoas que vivem no Entorno. Temos hospitais em Brasília em que 40% dos partos são de pessoas que vêm de fora do DF. Além dos contratos para construção destas seis unidades de pronto-atendimento [UPA], nós estamos com três hospitais em construção”, disse Ibaneis Rocha.

As construções serão executadas de forma simultânea, por quatro empresas contratadas, seguindo um cronograma físico-financeiro que prevê repasses mensais conforme o andamento das obras. Cada unidade deve gerar entre 100 e 150 empregos diretos e outros 300 a 400 empregos indiretos. Juntas, as sete UPAs devem gerar até 1.050 empregos diretos e 2.800 indiretos, movimentando significativamente a economia local.

“O governador nos deu uma missão bem-definida, e estamos cumprindo. Trabalhamos em conjunto com a Secretaria de Saúde [SES-DF], Secretaria de Governo [Segov], Procuradoria e Tribunal de Contas para garantir transparência e agilidade no processo. Esse é um compromisso firmado com a população”, destacou o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro.

UPAs modernas, sustentáveis e inteligentes

Cada nova UPA será de porte 3, o maior dentro da classificação do Ministério da Saúde, com área construída de 2.632 m². Elas contarão com 65 leitos, sendo 33 destinados ao público adulto e 32 para atendimento pediátrico, além de consultórios médicos, salas de estabilização, isolamento, curativos, laboratório, brinquedoteca, farmácia, serviço de imagem, refeitório e áreas de apoio aos profissionais.

As cidades que receberão as novas UPAs foram escolhidas com base em estudos técnicos da SES-DF considerando demanda populacional, déficit de serviços e acesso da população | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

As UPAs tiveram seus projetos desenvolvidos na plataforma BIM (Modelagem da Informação da Construção), um modelo digital inteligente da edificação que reúne todas as informações do projeto em um ambiente integrado. Isso permite antecipar e solucionar possíveis interferências entre os sistemas da obra, como estrutura, elétrica, hidráulica e climatização, evitando incompatibilidades no processo construtivo.

“Essa plataforma proporciona mais agilidade na tomada de decisões, redução de erros, economia de recursos e um acompanhamento mais eficiente da execução”, explicou o vice-presidente do IgesDF, Rubens de Oliveira Pimentel Júnior.

Os projetos foram devidamente aprovados pela Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa) da Secretaria de Saúde e englobam soluções tecnológicas sustentáveis, como energia fotovoltaica, climatização central com renovação de ar, sistema de dados estruturado, redundância elétrica com geradores e usinas de ar comprimido medicinal. Tudo isso garante funcionamento ininterrupto, mesmo em casos de queda de energia.

As cidades que receberão as novas UPAs foram escolhidas com base em estudos técnicos da SES-DF considerando demanda populacional, déficit de serviços e acesso da população. “A construção dessas unidades marca uma mudança estrutural na rede de urgência e emergência. A população vai passar a contar com atendimento de urgência mais próximo de casa, sem a necessidade de se deslocar para outras regiões, o que, por consequência, ajuda a reduzir a sobrecarga nas unidades de saúde já existentes”, afirmou Cleber Monteiro.

Na prática, quem estiver passando por uma febre que não cede, uma crise de pressão alta, um acidente ou uma queda que tenha provocado inchaço, dor ou alguma lesão, não vai mais precisar atravessar a cidade em busca de atendimento. As UPAs estarão na porta da comunidade, prontas para acolher desde casos clínicos até pequenas urgências, com estrutura completa para exames, estabilização e, se necessário, encaminhamento para hospitais.

Atendimento humanizado e geração de emprego

O presidente do IgesDF também adiantou que, paralelamente às obras, serão abertos processos seletivos para formação das equipes que vão atuar nas novas unidades. “O planejamento prevê que, no momento da entrega das UPAs, todas já estejam com as equipes formadas e treinadas, garantindo início imediato dos atendimentos”, afirmou.

As UPAs funcionam como uma ponte entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e os hospitais, oferecendo atendimento de urgência e emergência em casos como fraturas, cortes, falta de ar, crises hipertensivas, infecções e outros agravos que exigem intervenção rápida. Também oferecem exames como raio-X, eletrocardiograma e laboratório básico.

Atualmente, o Distrito Federal conta com 13 UPAs sob gestão do IgesDF. Dessas, sete foram inauguradas entre 2021 e 2022, nas cidades de Ceilândia (segunda unidade), Paranoá, Gama, Riacho Fundo II, Planaltina, Vicente Pires e Brazlândia.

Com a entrega das novas unidades, a rede passa a contar com 20 UPAs funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, reforçando a capacidade de atendimento e garantindo assistência mais rápida, segura e perto de quem mais precisa.

“O que estamos construindo é mais que concreto e tijolo. É dignidade, é cuidado, é saúde perto das pessoas”, concluiu o presidente.

*Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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