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Chefe da Secretaria de Relações Institucionais enviou convite a lideranças da Câmara e do Senado
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convidou os líderes de partidos da Câmara para um almoço em Palácio do Planalto, um dia depois da sua posse. Lideranças da base de governo, como PT e PDT, já confirmaram presença. Além do encontro desta terça-feira, Gleisi também poderá se reunir individualmente com líderes.
O objetivo das conversas, além de desenhar prioridades na agenda de votações, será a articulação com as legendas para ampliar o espaço das siglas de centro e aliadas ao governo. Segundo interlocutores, a nova ministra deverá organizar uma nova fase da reforma ministerial em acordo com o presidente da Casa, Hugo Motta, e com aval de Lula.
No domingo, véspera da posse, a nova ministra se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em Brasília para dar o ponta-pé inicial nas articulações. No mesmo dia, se encontrou com o líder do MDB, Isnaldo Bulhões (AL), que chegou a ter o nome cotado para assumir a Secretaria de Relações Institucionais em seu lugar.
Isnaldo foi um dos poucos líderes dos partidos de centro a comparecerem na posse da nova ministra em Brasília. Apesar de ter sido uma cerimônia lotada, em que foi preciso utilizar um salão a mais no Palácio do Planalto para acomodar todos os convidados, poucos líderes de partidos aliados da Câmara e do Senado estiveram presentes.
Ao mesmo tempo em que precisará contornar as desconfianças de partidos da base e de centro, Gleisi terá de lidar com a artilharia que a oposição prepara para surfar na queda de popularidade de Lula. A intenção é pressionar com convocações de ministros e pedidos de informação. Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro têm também como missão destravar a proposta de anistia aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro de 2023.
Em seu discurso, Gleisi deu indícios que seu papel na pasta também será o de fazer o enfrentamento à oposição, já tendo em vista a disputa eleitoral de 2026, quando o próprio Lula ou um nome apoiado por ele deve concorrer contra o candidato do bolsonarismo. A avaliação no Palácio do Planalto é que o governo ficou carente de ministros com perfil mais combativo após a saída de Flávio Dino, no início de 2024, para assumir uma cadeira no Supremo. A aposta é que a nova titular das Relações Institucionais pode exercer esse papel.
— Ao fim da duríssima campanha de 2022, a democracia venceu nas urnas pela vontade popular, e venceu a trama golpista do 8 de janeiro — disse ela, que agradeceu ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, pelas investigações que resultaram na denúncia de Bolsonaro e outras 33 pessoas por suspeitas de envolvimento em uma trama golpista.
Além dos embates políticos, Gleisi assume o cargo no governo com a missão de costurar alianças para a campanha presidencial de 2026, tanto para o caso de Lula disputar um novo mandato como para o de ele indicar outro nome para a sucessão. Um dos motivos citados para que ela fosse a escolhida como ministra foi o trabalho realizado em 2022, quando coordenou a campanha petista e ajudou a articular uma frente ampla de partidos.
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A sabatina está marcada para as 10 horas, na Sala das Comissões Deputado Juarezão (Térreo Superior da CLDF), e é aberta a todos os interessados.
Transmissão ao vivo pela TV Distrital (canal 9.3) e YouTube.