O Governo do Distrito Federal (GDF) autorizou, nesta quarta-feira (5), o início de duas importantes obras de mobilidade no Jardins Mangueiral: o viaduto e a passarela que vão transformar o acesso à região e à Estrada Parque Contorno (EPCT/DF-001). Os investimentos somam mais de R$ 24,8 milhões e devem gerar cerca de 450 empregos diretos.

Ao autorizar os trabalhos, o governador Ibaneis Rocha falou de obras que têm transformado o DF, inclusive as feitas nesta região, como o já inaugurado viaduto do Jardim Botânico, a duplicação da DF-001 e DF-140, a pavimentação da Rua Nacional (ligando a Vila do Boa à Avenida do Sol) e da Rua da Mata, e mais de 7 km de calçadas construídas. 

“Isso que nós temos feito aqui é um carinho muito importante com essas famílias. Eu me recordo muito bem na campanha de 2018, a gente visitando e ouvindo as reclamações da população dessa região, que era totalmente abandonada. Nós nos comprometemos com toda a região e estamos fazendo aquilo que é necessário”, destacou.

“E qual a grande preocupação nossa quando nós fazemos obras desse nível? É não deixar que aconteça aquilo que aconteceu no nosso passado. Fizeram um bairro e não entregaram um equipamento público. Todos os equipamentos públicos que tem no Jardins Mangueiral foram feitos nessa gestão. E nós vamos continuar trabalhando”, acrescentou o chefe do Executivo, que ainda adiantou qual será o próximo passo nesta parte do DF: “Daqui um mês nós vamos estar fazendo aquilo que para mim é um grande sonho aqui, que é assinar a ordem de serviço da construção do Hospital de São Sebastião. Aí a gente deixa uma região toda, com toda a infraestrutura necessária, para que essas famílias cresçam e se desenvolvam dentro de um ambiente merecido”.

A vice-governadora Celina Leão reforçou o impacto das obras no dia a dia da população. “Há um olhar permanente do Governo do Distrito Federal para as obras de infraestrutura. É importante destacar isso, porque às vezes as pessoas perguntam o que essas obras realmente mudam na vida do cidadão. Elas impactam diretamente: um pai ou uma mãe consegue chegar meia hora mais cedo em casa, sair do trânsito, levar os filhos à escola, almoçar com a família. A obra não é apenas concreto — ela traz um benefício real para a população. Todas essas obras que o governador Ibaneis e nossa equipe têm entregue ao Distrito Federal garantiram as condições de mobilidade que temos hoje. Se não tivéssemos feito essas intervenções em várias cidades, o DF teria parado em termos de trânsito. A mobilidade é um tema que recebe atenção especial e segue um planejamento de médio e longo prazo.”

“O comércio bombou, porque o governo trouxe viabilidade, mobilidade. O Jardim Botânico está tomando uma vida própria”Maria José Feitosa, presidente da Associação dos Empreendedores do Tororó

Quem reafirma isso são os moradores. “Hoje nós já temos aqui um comércio forte, com atacadistas, concessionárias, academias, clínicas… O comércio bombou, porque o governo trouxe viabilidade, mobilidade. O Jardim Botânico, em si, está tomando uma vida própria. Agora temos a creche [dos Jardins Mangueiral], escolas maravilhosas, com tecnologia, com cuidado, com alimentação. Realmente são novidades, equipamentos públicos chegando, coisa que nós não tínhamos. Esse governo foi o que realmente investiu em equipamento público aqui. A gente tinha uma deficiência muito grande que está sendo sanada”, apontou Maria José Feitosa, presidente da Associação dos Empreendedores do Tororó.

Sobre o viaduto, ela avaliou que a obra melhorará a vida de toda a região. “Ele vai desafogar a vida dessas pessoas. Eu, como mãe, moro no Tororó e levo menino na escola todo dia, passo duas vezes aqui, pelo menos. Eu sei o que é você tem que sair seis horas da manhã e ficar quase uma hora parado. É realmente uma obra que vai trazer para nós uma comodidade, qualidade de vida.”

Viaduto

A principal obra do pacote lançado nesta quarta-feira é o viaduto na interseção da DF-463 com a DF-001, entre os quilômetros 29 e 32. A construção de grande porte vai beneficiar aproximadamente 40 mil motoristas que circulam diariamente pelo trecho. O projeto inclui serviços de terraplenagem, drenagem, pavimentação, ciclovia, sinalização horizontal e vertical, além da implantação de uma obra de arte especial, como viaduto, ponte e passarela. Também estão previstas a construção de muro de contenção e a estruturação do corredor do futuro Eixo BRT Jardim Mangueiral/Jardim Botânico.

O empreendimento será executado pelo Consórcio Infra Mangueiral, formado pelas empresas Artec S/A e Thora Pré-Moldados LTDA, com investimento de R$ 21.814.612,89. Os recursos são provenientes de emenda parlamentar da senadora Leila Barros, no valor de R$ 16.218.000,00, complementados por outras verbas, como financiamento e do próprio Tesouro do GDF. A previsão é que esta obra gere 400 empregos diretos.

Passarela

Paralelamente, será construída a passarela do Jardins Mangueiral, na altura do km 0,28 da DF-463, no entroncamento com a DF-001. A estrutura terá base mista de concreto e metal, com obras complementares de terraplenagem, sinalização, acessibilidade, demolição e implantação de ciclovia.

A obra será executada pela JJPP Construtora Ltda. com investimento de R$ 3.082.178,57. Os recursos vêm de emendas parlamentares do senador Izalci Lucas e de outras fontes. A construção da passarela vai gerar cerca de 50 empregos diretos.

“Esse viaduto na entrada do Jardim Mangueiral eliminará um ponto de entroncamento importantíssimo de todo mundo que vem da região da Papuda, do Tororó, da DF-140, e fica entroncado aqui justamente nesse ponto. Com este viaduto, acaba com isso. E temos também a questão da passarela. A região — de um lado Jardins Mangueiral, do outro lado Jardim Botânico — tem a DF-463 no meio, que é uma via de velocidade, uma via larga e que o pedestre muitas vezes fica com dificuldade para atravessar. Então, pensando nisso, a gente está também lançando a obra da construção de uma passarela nesta via para dar segurança para os pedestres”, reforçou o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), Fauzi Nacfur Junior.

“Uma região quando vai crescendo, não vai ser uma obra que resolve o problema dela, porque a cidade é dinâmica, o trânsito é dinâmico, o crescimento das moradias é dinâmico. Então, você tem que ir ajustando essas diversas situações”, arrematou o presidente do DER, sobre as obras na região.