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Equipes da Secretaria de Saúde intensificaram visitas a residências e orientações à população
O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou as ações preventivas contra escorpiões por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), que vem fazendo mais inspeções em imóveis residenciais. As ações incluem visitas para identificar possíveis esconderijos do animal tanto no interior quanto nos quintais das casas. Nesta sexta-feira (18), as equipes estiveram na Asa Norte para verificar as casas da Superquadra 711. Os escorpiões são aracnídeos e podem ser encontrados nas zonas tropicais e subtropicais do mundo.
Durante as ações, os profissionais orientam os moradores sobre medidas de prevenção e controle, como a instalação de vedação nas portas, colocação de telas nos ralos, controle de baratas — principal fonte de alimento dos escorpiões — e a eliminação de entulhos e restos de materiais de construção. As medidas visam à segurança da população diante da maior incidência de acidentes com escorpiões em determinadas épocas do ano.
“São visitas domiciliares tanto em relação à dengue quanto a animais peçonhentos e outros animais sintomáticos. Além disso, a gente também atende os canais de ouvidoria do GDF”, explica a agente de vigilância ambiental em saúde Ranny Keatlyn de Oliveira. “Estamos aumentando as nossas vistorias, tanto com as visitas domiciliares, quanto com o atendimento da ouvidoria”.
Na inspeção desta manhã, a equipe encontrou pelo menos dois espécimes na casa da aposentada Gláucia Maria da Silva. “Moro aqui há dois anos e meio. Desde quando a gente mudou, que a casa já estava em reforma, eu já encontrava escorpião. Às vezes eu estava na frente da casa e percebia o escorpião entrando”, conta. Gláucia considera importantes as ações preventivas da Secretaria de Saúde. “Sou idosa, tenho criança em casa, então todo cuidado é pouco”, afirma.
A aposentada conta que faz a limpeza das caixas de gordura e de esgoto a cada seis meses por precaução. “A gente limpa, faz a dedetização e o cuidado. A orientação que já recebi foi de vedar tudo que for buraquinho de tomada, qualquer possibilidade que o escorpião possa ter para entrar. Mantenha a limpeza, não acumular coisas pelo chão, porque tudo isso se torna esconderijo”, aconselha.
A agente Ranny reforça as orientações: “A maioria da população pensa que os escorpiões acessam as casas por meio de ralos, mas o animal gosta de ambientes úmidos, mas não com água. Então, muito dificilmente ele vai entrar na casa por meio de um ralo que esteja em uso constante. É importante deixar fechado, mas o principal local de acesso vai ser por meio dos condutores elétricos”.
Ranny aconselha a população a passar um pente fino nas casas. “Olhar se as tomadas estão bem-encaixadas, ver se tem algum buraquinho que esteja saindo no fio, que esteja um pouco aberto, se as lâmpadas e luminárias estão bem-encaixadas e tentar vedar esses conduítes elétricos para evitar que os escorpiões entrem nas casas”, enumera.
A presença de baratas no ambiente também é apontada pela agente como um fator que merece atenção. “Para o escorpião a gente não tem uma dedetização específica, então o que que a gente vai fazer? Tentar fazer a dedetização voltada às baratas, que são o principal alimento deles. Expulsando as baratas, a gente acaba também expulsando o escorpião porque ele vai buscar alimento em outros lugares”, conclui.
A recomendação é que, ao encontrar um escorpião em casa, o morador entre em contato com a Vigilância Ambiental, por meio do número 162, ou registrando um chamado na Ouvidoria pelo sistema Participa DF.
O número de acidentes com escorpiões no Distrito Federal aumentou 43,75% nos primeiros seis meses de 2025. De janeiro a junho, foram registrados 2.073 casos. No mesmo período do ano passado, foram 1.442 ocorrências. No segundo trimestre deste ano, foram registrados 1.146 acidentes, superando os 927 do primeiro trimestre. Em todo o ano de 2024, foram 3.517 casos, com distribuição praticamente igual entre homens e mulheres, e com maior concentração de vítimas entre 20 e 49 anos.
O biólogo da Secretaria de Saúde Israel Moreira explica que os casos estão aumentando em todo o país. “Um conjunto de fatores pode explicar o crescimento nos últimos anos. São eles: a elevação da temperatura, a alteração dos regimes de chuvas, o crescimento desordenado das cidades, o descarte irregular de resíduo sólido, a falta de produtos químicos eficazes para o controle no ambiente domiciliar e a desinformação acerca das medidas preventivas e de controle”, enumera.
A Secretaria de Saúde disponibiliza soros antivenenos contra picadas de escorpiões em diversos hospitais no Distrito Federal. As pessoas que forem picadas pelo aracnídeo podem procurar os seguintes locais:
⇒ Hospital Materno Infantil de Brasília (atendimento exclusivo para crianças de até 13 anos, 11 meses e 29 dias);
⇒ Hospital Regional da Asa Norte (Hran);
⇒ Hospital Regional do Guará;
⇒ Hospital Regional de Brazlândia;
⇒ Hospital da Região Leste (Paranoá);
⇒ Hospital Regional de Ceilândia;
⇒ Hospital Regional do Gama;
⇒ Hospital Regional de Santa Maria;
⇒ Hospital Regional de Planaltina;
⇒ Hospital Regional de Sobradinho;
⇒ Hospital Regional de Taguatinga.
A população também pode acionar o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), que oferece atendimento 24 horas, pelos telefones 0800 644 6774 e 0800 722 6001. Para solicitar inspeção em casos de aparecimento do animal, o contato com a Vigilância Ambiental pode ser feito pelo número 160 ou pelo e-mail [email protected].
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, os escorpiões mais perigosos são as seguintes espécies do gênero Tityus.
Escorpião-amarelo (T. serrulatus) — com ampla distribuição em todas as macrorregiões do país, representa a espécie que mais preocupa, em função do maior potencial de gravidade do envenenamento e pela expansão na distribuição geográfica no Brasil, facilitada por sua reprodução partenogenética e fácil adaptação ao meio urbano.
Escorpião-marrom (T. bahiensis) — encontrado nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) –- Também apresenta reprodução do tipo partenogenética. É a espécie mais comum no Nordeste, apresentando alguns registros nos estados de Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus) –- Principal causador de acidentes e óbitos na região Norte e no Mato Grosso.
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