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Nova ministra ligou para chefe da Fazenda após ser anunciadas por Lula
A nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, deve se reunir ainda esta semana com o titular da Fazenda, Fernando Haddad. Com um histórico de atritos com Haddad, Gleisi fez acenos ao ministro após a sua confirmação no cargo no Palácio do Planalto, desde uma ligação de cortesia ao chefe da Fazenda no dia que foi anunciada por Lula até a menção pública de apoio à agenda da pasta em seu discurso de posse.
A expectativa é de que uma reunião ocorra ainda nesta quarta ou quinta-feira. Um dos tópicos da conversa será as prioridades legislativas da Fazenda. Haddad entregou uma lista com 25 projetos de interesse da equipe econômica aos novos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e Davi Alcolumbre (União-AP).
Mas líderes do Congresso consideram que a agenda é difusa e precisa ser enxugada para que seja viável, ainda mais considerando que o tempo exíguo, já que 2026 é ano eleitoral. O que é certo é que a prioridade número 1 do governo na pauta econômica é a aprovação da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, promessa de campanha de Lula.
Na lista da Fazenda também estavam presentes projetos pendentes do pacote de contenção de gastos, como a reforma da aposentadoria de militares e a limitação dos supersalários no serviço público. Aliados de Haddad afirmam que a agenda de consolidação fiscal é algo perene na Fazenda. Novas medidas estão sempre em avaliação, mas iniciativas que dependam da aprovação do Congresso dependerão do cenário.
Com o atraso na votação do Orçamento, só será possível ter um quadro mais claro da situação das contas públicas em maio, na publicação do 2º relatório bimestral de receitas e despesas. Em relação a grandes reformas, para além do IR, que é uma agenda de governo, a avaliação é de que a equipe econômica já fez suas entregas, com o novo arcabouço fiscal e a reforma tributária sobre o consumo.
A lista de projetos apresentada por Haddad ainda tem propostas da agenda microeconômica, a exemplo do consignado privado, e da agenda de transformação ecológica.
Em seu discurso de posse na SRI, Gleisi declarou apoio à pauta da Fazenda. A escolha de Lula pela agora ex-presidente do PT foi vista por aliados como uma guinada à esquerda do governo, em especial pelas críticas que ela fez a medidas econômicas tomadas ao longo destes dois anos de mandato.
— Tenho plena consciência do meu papel, que é da articulação política. Estarei aqui, ministro Fernando Haddad, para ajudar nas consolidações das pautas econômicas do governo. Pautas que você conduz e que estão colocando novamente o Brasil na rota do emprego, do crescimento e da renda — disse a nova ministra em seu discurso de posse.
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