SAÚDE
HBB: um ano de tratamentos bem-sucedidos contra câncer
8 de novembro, 2022Desde que foi instalado, o supertomógrafo PET-CT tem realizado uma média de 240 exames por mês Ao longo de um ano de funcionamento no setor […]
Desde que foi instalado, o supertomógrafo PET-CT tem realizado uma média de 240 exames por mês
Ao longo de um ano de funcionamento no setor de medicina nuclear do Hospital de Base de Brasília (HBB), o aparelho PET-CT vem ajudando a salvar vidas pelo Distrito Federal. Único da rede de saúde pública da capital e indispensável para a detecção do câncer e acompanhamento da doença nos pacientes, o equipamento tem realizado uma média de 60 exames por semana e 240 por mês, aperfeiçoando o tratamento do câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no DF.
Entre os pacientes que foram tratados no HBB e examinados pelo supertomógrafo está a auxiliar administrativa Edite Brito, 67, moradora do Itapoã. Há dois anos, ela foi diagnosticada com um linfoma – tipo de câncer que afeta o sistema linfático – próximo ao pescoço. Iniciou o tratamento no próprio hospital, fez quimioterapia e foi dispensada da radioterapia. Faltava ainda o exame PET-CT (tomografia computadorizada por emissão de prótons), indicado para acompanhar a evolução da doença.
Mas era algo que não cabia no orçamento de Edite. “O exame custa cerca de R$ 4 mil nas clínicas particulares. Eu disse aos médicos que iria esperar”, explica. No fim de 2021, Edite pôde enfim fazer seu PET-CT no Núcleo de Medicina Nuclear e sem gastar um tostão. Repetiu o exame e, logo depois, veio a cura. “Graças a Deus, estou curada”, desabafa.
OITO ANOS PARADO
Com cinco toneladas e esbanjando tecnologia, o aparelho tem uma história curiosa: foi comprado por 1 milhão de dólares em 2013 (mais de R$ 5 milhões, em valores atuais) por uma gestão anterior. Houve, porém, um erro de planejamento. O hospital não tinha a devida estrutura para acomodar o tomógrafo, e o equipamento precisou ficar guardado. A partir de 2019, coube ao atual governo e ao Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) tirá-lo das caixas e fazê-lo funcionar.