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HBDF ganha aparelho de ressonância magnética de alta complexidaderessonância

22 de outubro, 2024 / Por: Agência Brasília

Novo equipamento é o único do tipo na saúde pública do DF e será capaz de realizar exames não invasivos com bastante precisão

HBDF ganha aparelho de ressonância magnética de alta complexidaderessonância
Novo aparelho de ressonância magnética do Hospital de Base aperfeiçoará diagnóstico de alta complexidade - Foto: Alberto Ruy/IgesDF

A Radiologia do Hospital de Base se prepara para o recebimento de um novo aparelho de ressonância magnética que está previsto para entrar em operação até o início de 2025. Segundo a gerente de Apoio e Diagnóstico Terapêutico, Elaine Araújo, a ressonância magnética poderá ser utilizada por diversas especialidades, como neurologia, ortopedia, cardiologia, oncologia e obstetrícia. “Esse é um equipamento de diagnóstico por imagem sem radiação, que oferece reproduções de alta resolução e detalhamento, permitindo uma visualização de estruturas anatômicas em profundidade”, disse.

A chegada da ressonância magnética ao Núcleo de Radiologia e Imagenologia do Hospital de Base será de avanço para o serviço de diagnóstico por imagem do Distrito Federal. É um aparelho capaz de realizar exames não invasivos com bastante precisão, cujo objetivo é detectar, diagnosticar e monitorar o tratamento de doenças, além de poder ser recomendado para uso por pacientes de todas as idades, incluindo crianças e gestantes”, explica Elaine. Esse será o único aparelho do tipo na saúde pública do DF.

Quando instalado, o aparelho poderá ofertar, a princípio, uma média 15 exames por dia, tendo como objetivo a ampliação dos procedimentos de alta complexidade. “A regulação desse exame será realizada pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal e obedecerá a uma fila de prioridades definidas pelo protocolo de classificação de risco. A instalação da Ressonância Magnética representa um avanço tanto para o hospital quanto para a comunidade” conclui Elaine.

O aparelho foi entregue no último dia 15 e já se encontra na sala onde vai funcionar, dentro da Radiologia do Hospital de Base. Apesar disso, ainda são necessárias algumas etapas antes que o aparelho possa atender a população. Além de ser finalizada a montagem do equipamento, a reforma da sala em que ele está instalado só pode ser concluída com o aparelho já in loco, uma exigência do fabricante.
Conforme a assessora técnica Karen Letícia Cardozo Vasco, da Assessoria de Relações Institucionais (ASREI) do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Feral (IgesDF), a verba para a compra do novo aparelho de ressonância magnética veio por meio de um programa do Ministério da Saúde e foi no valor de R$ 5.285.000.

De acordo com a gerente da ASREI, Mariana Diniz, a assessoria de relações institucionais do IgesDF é primordial nesse processo de captação de recursos junto a deputados e órgãos concedentes. “Temos um corpo técnico que atua de maneira precisa e constante na fase de proposição junto ao Ministério da Saúde e órgãos concedentes, até a prestação de contas. Os processos de melhoria são implementados de maneira constante, de modo que o Instituto tem alcançado grandes resultados em execução neste último ano”, completa.

Objetivo é fortalecer vínculos e promover o bem-estar emocional – Foto: Divulgação/ges-DF

Terapia com argila emociona pacientes da psiquiatria

Na última quinta-feira (17), um novo grupo terapêutico foi iniciado na ala de psiquiatria do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), envolvendo pacientes em internação. A iniciativa, promovida por profissionais da psiquiatria do IgesDF em parceria com voluntários do Serviço Auxiliar de Voluntários (SAV), utiliza a arteterapia com argila como ferramenta para estimular a comunicação e a expressão emocional. O objetivo é criar um espaço acolhedor, onde os pacientes possam canalizar suas angústias e aflições de maneira criativa.

As sessões, que ocorrem semanalmente, já surpreenderam a equipe. A enfermeira da psiquiatria Rafaela Barreiros confessou a expectativa inicial: “Estávamos apreensivos com a adesão ao grupo, tendo em vista o perfil clínico dos pacientes. Porém, nos surpreendemos e tudo fluiu muito bem, superando nossas expectativas.”

Rafaela lembra de Marcos, um paciente idoso com alto grau de comprometimento psíquico, que aderiu ao grupo e conseguiu se concentrar profundamente na atividade. “Quando ele conseguiu terminar a xícara, ficou nítida a satisfação no rosto dele! Foi muito gratificante para equipe ver o resultado do trabalho!”

A iniciativa também contou com o apoio de voluntários do SAV, como a Vanderlícia Rodrigues, que ressaltou a importância de resgatar lembranças afetivas por meio da atividade: “Os pacientes, especialmente os mais velhos, se conectam com lembranças da infância. Fazer massinha de argila remete a momentos bons, como amassar pão ou biscoito. E o que eles mais precisam é resgatar essas memórias, trazer à tona o que têm de melhor”.

Outra voluntária, Gil Alves, destacou a função terapêutica desse tipo de atividade. “Enquanto moldavam a argila, os pacientes começaram a lembrar de coisas, a compartilhar memórias, o que trouxe momentos de lucidez e conforto. Isso é muito importante, pois essas pequenas atividades manuais ajudam a reconectar com quem são e com o que viveram de bom”.

Esse grupo terapêutico é uma aposta na transformação pela arte e no fortalecimento dos vínculos entre profissionais e pacientes. A cada semana, a argila não só molda objetos, mas também faz laços, trazendo à tona histórias e sentimentos que ajudam os pacientes a atravessar suas jornadas de recuperação.