DESTAQUE

Hemocentro de Goiás realiza primeira transfusão inédita de sangue raro

17 de setembro, 2025 | Por: Governo de Goiás

Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Prof. Nion Albernaz realizou primeira transfusão de sangue de um tipo sanguíneo raro, na terça-feira (16)

O Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Prof. Nion Albernaz, da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos – Rede Hemo, realizou na terça-feira (16/09), a primeira transfusão de sangue de um tipo sanguíneo raro.

O concentrado de hemácias anti-U ajudará no tratamento de um homem de 45 anos, com diagnóstico de anemia falciforme, que é atendido pelo banco de sangue goiano.

A transfusão foi possível graças a uma mobilização nacional que envolve toda a rede de hemocentros do país. A partir do momento em que a unidade goiana identificou a necessidade da transfusão, foi feita uma solicitação à Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, por meio do Cadastro Nacional de Sangue Raro.

Paciente do HGG, com diagnóstico de anemia falciforme, recebe transfusão de sangue de tipo sanguíneo raro, concentrado de hemácias anti-U. É a primeira vez que o Hemocentro realiza o procedimento em Goiás (Foto: SES-GO)

A rede nacional foi acionada e localizou um doador do mesmo tipo sanguíneo em São Paulo. Ele realizou a doação na última quinta-feira (11/09) e as bolsas estão sendo trazidas para Goiânia, em uma operação logística organizada pelo Ministério da Saúde. Segundo o Cadastro Nacional de Sangue Raro (CNSR), apenas 16 pessoas no Brasil possuem esse fenótipo sanguíneo.

O antígeno U, ausente em indivíduos com este perfil raro, está presente em quase 100% dos caucasianos e em 99% das pessoas negras. Sua falta pode provocar a formação de anticorpos anti-U, tornando indispensável a compatibilidade total entre doador e receptor. A transfusão incorreta, com sangue U-positivo, pode levar a uma reação hemolítica grave.

Compatibilidade

O Hemocentro de Goiás mantém um banco de doadores fenotipados e conta atualmente com cinco cadastrados de outros tipos sanguíneos raros, como Kpb negativo e Cellano negativo. Esses voluntários podem ser acionados pelo Ministério da Saúde para apoiar bancos de sangue de todo o país em situações emergenciais.

O Hemocentro de Goiás é um dos poucos do Brasil que contam com um programa de fenotipagem de doadores de sangue. A iniciativa é responsável por classificar doadores com características sanguíneas especiais e permite uma abordagem mais avançada na busca por compatibilidade transfusional.

A iniciativa reforça a importância da identificação e do cadastro de doadores raros no sistema nacional, garantindo segurança transfusional a pacientes em condições críticas.

Secretaria de Estado da Saúde (SES) – Governo de Goiás

Artigos Relacionados