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Alex Douglas faturou a prata na maratona, a 72ª medalha do Brasil em Paralimpíadas O segundo lugar de Alex Douglas da Silva na maratona, classe T46 (para aqueles com deficiência em membros superiores), dos Jogos Paralímpicos de Tóquio não significou apenas um feito pessoal. Com a conquista do atleta gaúcho, na noite de sábado, 4, …
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Alex Douglas faturou a prata na maratona, a 72ª medalha do Brasil em Paralimpíadas
O segundo lugar de Alex Douglas da Silva na maratona, classe T46 (para aqueles com deficiência em membros superiores), dos Jogos Paralímpicos de Tóquio não significou apenas um feito pessoal. Com a conquista do atleta gaúcho, na noite de sábado, 4, o Brasil igualou o recorde histórico de medalhas em uma única edição do evento.
Com a prata de Alex Douglas, o Brasil chegou ao total de 72 pódios na capital japonesa, empatando com o número de conquistas na Paralimpíada do Rio, em 2016, e garantindo o sétimo lugar no quadro de medalhas, com 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes. Com o feito, a delegação brasileira conseguiu cumprir com folga a meta estipulada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) de ficar entre os dez primeiros países mais bem colocados.
Além de igualar o número de pódios e a sétima posição na classificação geral, a mesma obtida em Londres-2012, o País já havia batido o recorde de ouros ao conquistar a sua 22ª medalha dourada no penúltimo dia, superando, assim, as 21 obtidas nos Jogos londrinos.
Thalita Simplicio e o guia Felipe Veloso treinam no Yoyogi Park em Tóquio (Miriam Jeske/CPB/Fickr/Comitê Paralímpico Brasileiro)
A maratona
Com o tempo de 2h27min, Alex Douglas conquistou não apenas a prata como ainda bateu o recorde sul-americano da maratona. O ouro ficou com o chinês Li Chaoyan, com 2h25min50, e o bronze foi para o japonês Tsutomu Nagata, que completou a prova em 2h29min33.
Na linha de chegada, Alex Douglas comemorou fazendo um “aviãozinho” com os braços em homenagem ao maratonista Vandelei Cordeiro de Lima, bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, que foi atacado por um homem quando liderava a prova.
Atletas da selecao durante Treino de futebol de cinco em Hamamatsu, cidade-sede da delegação Brasileira para aclimatação antes dos Jogos Paralímpicos de Toquio (Matsui Mikihito/CPB)
O Brasil nas Paralimpíadas
Edição | 🥇 | 🥈 | 🥉 | Total de medalhas | Classificação brasileira | Número de atletas brasileiros |
Heildelberg 1972 | 0 | 0 | 0 | 0 | – | 8 |
Toronto 1976 | 0 | 1 | 0 | 1 | 31º | 23 |
Arhem 1980 | 0 | 0 | 0 | 0 | – | 2 |
Stoke Mandeville/Nova York 1984 | 7 | 17 | 4 | 28 | 24º | 30 |
Seul 1988 | 4 | 9 | 14 | 27 | 25º | 59 |
Barcelona/Madri 1992 | 4 | 3 | 5 | 12 | 28º | 41 |
Atlanta 1996 | 2 | 6 | 13 | 21 | 37º | 60 |
Sydney 2000 | 6 | 10 | 6 | 22 | 24º | 63 |
Atenas 2004 | 14 | 12 | 7 | 33 | 14º | 96 |
Pequim 2008 | 16 | 14 | 17 | 47 | 9º | 187 |
Londres 2012 | 21 | 14 | 8 | 43 | 7º | 181 |
Rio 2016 | 14 | 29 | 29 | 72 | 8º | 285 |
Tóquio 2020 | 22 | 20 | 30 | 72 | 7º | 258 |
Não houve pandemia ou crise econômica e política capaz de parar o Brasil. Nem mesmo o fato de que as Paralimpíadas 2020 aconteceram na verdade em 2021, transformando um ciclo usual de quatro anos em um longo, de cinco. Reclassificações funcionais tiraram o sono e, em alguns casos, os recordes de atletas, como do maior ídolo paralímpico nacional, Daniel Dias. E, já durante os Jogos, até medalha perdida no tapetão os brasileiros tiveram que enfrentar, caso do atleta Thiago Paulino, que viu seu ouro ser transformado em bronze horas após a prova, por uma infração que nunca chegou a ser explicada.
Ainda assim, há muito o que comemorar. Para começar, as 72 medalhas brasileiras foram ganhas em 14 modalidades, numa demonstração da diversidade de talentos esportivos presentes na delegação de 258 atletas – menor apenas do que a do Rio, que, com 285 atletas, beneficiou-se de classificações automáticas por ser país-sede.
Carol Santiago exibe as cinco medalhas conquistadas em Tóquio: três ouros, uma prata e um bronze — Foto: Ale Cabral / CPB
Modalidades com medalhas em Tóquio 2020:
Renovação
O anúncio do nadador Daniel Dias, maior medalhista brasileiro com 27 pódios, de que se aposentaria após Tóquio e a exclusão do também nadador André Brasil, dono de 14 medalhas, após uma polêmica reclassificação que o tornou inelegível para o esporte paralímpico, podem ter gerado preocupação em relação ao futuro do Brasil no quadro de medalhas. Mas se até a Rio 2016 poucos nomes ficavam sob os holofotes, em Tóquio o país mostrou um grande poder de renovação. Nas próprias piscinas, nomes como os de Maria Carolina Santiago, Gabriel Araujo, Wendell Belarmino, Gabriel Bandeira e Talisson Glock despontaram. Os oito ouros da natação foram ganhos pelos cinco atletas, quatro deles estreantes. Apenas Talisson já havia disputado as Paralimpíadas do Rio, de onde saiu com uma prata e um bronze.
Dessa vez, ele levou um ouro e dois bronzes. Carol Santiago, com três ouros, uma prata e um bronze, foi a maior medalhista do Brasil nos Jogos. Wendell Bellarmino, com uma medalha de cada cor, Gabriel Araújo, com dois ouros e uma prata, e o xará Gabriel Bandeira, com um ouro, duas pratas e um bronze, também mostraram que a natação brasileira agora tem potencial para ter não um ou dois, mais vários multimedalhistas.
Brasil festeja ouro no goalball masculino em Tóquio — Foto: Alê Cabral/ CPB
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Fonte: Da Redação Bandsports
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