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Imunidade contra covid cai 6 meses após vacinação, aponta estudo

25 de agosto, 2021

Eficácia da Pfizer cai para 74% e da AstraZeneca, para 67%; cientistas consideram ‘urgente dose de reforço’ A proteção contra o coronavírus conferida pelas vacinas Pfizer e […]

Imunidade contra covid cai 6 meses após vacinação, aponta estudo
Covid-19 - Foto: Agência Brasil

Eficácia da Pfizer cai para 74% e da AstraZeneca, para 67%; cientistas consideram ‘urgente dose de reforço’

A proteção contra o coronavírus conferida pelas vacinas Pfizer e AstraZeneca diminui significativamente após 6 meses, indicou um estudo britânico nesta quarta-feira (25), cujos autores defendem doses de reforço.

Participaram do estudo 1 milhão de pessoas vacinadas com duas doses

ANDRÉ COELHO/EFE – 
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Um mês após a segunda dose, a eficácia da vacina Pfizer é de 88%, uma proteção contra possíveis infecções que cai para 74% entre cinco e seis meses após a injeção, de acordo com a última análise do estudo Zoe Covid.

AstraZeneca foi fundamental para a campanha de imunização da Europa

AstraZeneca

CHRISTOF STACHE / AFP/ DIVULGAÇÃO/ JC

Para a vacina AstraZeneca, a eficácia vai de 77% um mês após a segunda dose a 67% entre quatro e cinco meses depois.

O estudo foi realizado com dados de cerca de 1 milhão de usuários do aplicativo Zoe, lançado por um grupo privado de mesmo nome.

Preço de uma dose da vacina Pfizer subiu de 15,5 para 19,5 euros

 Vacina Pfizer -Foto: AFP

Pesquisadores do King’s College London e a equipe de Zoe analisaram os dados de infecções que ocorreram entre 26 de maio e 31 de julho de 2021 em pessoas vacinadas que baixaram o aplicativo entre 8 de dezembro e 3 de julho de 2021.

A campanha de vacinação britânica, que aplicou uma segunda dose a 77% dos maiores de 16 anos, deu prioridade a idosos e pessoas em situação de risco, assim como profissionais de saúde.

Na opinião dos pesquisadores do King’s College, a proteção, portanto, diminuiu mais nesses grupos.

O professor Tim Spector, cientista que liderou o projeto, alertou que isso poderia ser “menos de 50% em idosos e trabalhadores de saúde para o inverno”.

Se este número se referir a infecções e não a formas graves, pode significar “um aumento das hospitalizações e dos óbitos” se o país enfrentar níveis elevados de infecção e uma variante altamente contagiosa.

A pesquisadora considera, então, “urgente fornecer doses de reforço”, bem como estudar se é conveniente imunizar menores com base nas vacinas disponíveis.

Vários países estudam administrar uma dose de reforço, inclusive o Reino Unido que quer propor a vacina para pessoas em situação de risco a partir de setembro, apesar da relutância da OMS (Organização Mundial da Saúde).

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