O governador Ibaneis Rocha inaugurou, nesta quinta-feira (20), o primeiro pátio de apreensão do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), em Samambaia. O projeto não gerou custos para os cofres públicos e conta com uma tecnologia de ponta e capacidade para abrigar até três mil veículos.

Vencedor da licitação, o Consórcio Via Brasília Segura investiu R$ 20 milhões para erguer a estrutura às margens da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) e será responsável pela remoção e guarda de veículos apreendidos pelo DER-DF.

O serviço é importante para reduzir o número de automóveis amontoados em pátios de apreensão e agilizar o leilão desses bens. Esses veículos são levados para os pátios após condutores serem flagrados cometendo irregularidades em operações dos órgãos de fiscalização.

“Esse projeto reforça o compromisso do governo com obras de qualidade e que tragam benefícios duradouros para a população”, afirmou o governador Ibaneis Rocha. “Vai certamente ser um sucesso no DF, porque a gente organiza trânsito, melhora as rodovias e tem uma empresa especializada para comercializar aqueles veículos sem a mão do Estado mexendo nisso, e ainda vamos ter um retorno financeiro.”

Ainda segundo o governador Ibaneis Rocha, medidas como a viabilização do pátio de apreensão colaboram para a melhoria da percepção da população em relação à mobilidade.

“Quando assumi o governo em 2019, a mobilidade era o segundo maior problema. Recebi uma pesquisa na semana passada em que a mobilidade foi para o décimo. Melhoramos tudo no DF. Trocamos 90% da frota de ônibus, estamos com [o preço das] as passagens congeladas desde 2019 e temos avançado muito. Hoje, a população agradece, e fico muito satisfeito em saber que as coisas estão dando certo na nossa cidade pela força e união de todos”, complementou o chefe do Executivo.

Pátio de apreensão

O novo pátio tem 40 mil m² de área total e dispõe de uma infraestrutura de ponta, com um espaço para abrigar até três mil veículos leves, médios e pesados apreendidos nas vias do DF por transitarem em condições irregulares; um auditório para leilões de veículos não retirados dentro do prazo legal; um galpão para manutenção e um prédio administrativo.

A estrutura também conta com um centro de monitoramento de balanças dinâmicas instaladas em 14 pontos das rodovias mais movimentadas do DF, equipamentos que têm o objetivo de evitar que caminhões trafeguem com excesso de peso.

O presidente do DER-DF, Fauzi Nacfur Júnior, destacou que a operação e a infraestrutura são referências no país: “É o primeiro pátio desse modelo do Brasil, que tem uma concessão que envolve fiscalização, remoção, guarda e leilão em um só sistema de gestão. Teremos, a partir de agora, um espaço que reúne tudo isso em um só formato, gerando eficiência e rapidez no processo. É o DF levando para o resto do país tecnologia e inovação”.

Outro destaque da obra é a instalação de painéis de captação de energia solar. As placas fotovoltaicas, fixadas em uma área de 3 mil m², serão capazes de abastecer todos os cinco distritos rodoviários do DER-DF, o Parque Rodoviário e a sede do departamento, gerando uma economia de até 80% na conta de energia do órgão.

“Esse é um projeto pioneiro que contempla três frentes: a guarda, proteção e destinação dos veículos, a fiscalização nas rodovias por meio das balanças e parte sustentável, com a usina fotovoltaica. Esse é um pátio de alto padrão de qualidade, e, após o prazo da concessão, todos os investimentos que fizemos ficarão para o governo. É uma parceria de sucesso e totalmente inédita”, defendeu o CEO do Consórcio Via Brasília Segura, Rudival Júnior.

Parceria

O Consórcio Via Brasília Segura também trabalha na construção de mais um pátio de apreensão de veículos do DER-DF. A segunda unidade, em fase de execução do projeto executivo, será erguida em Sobradinho e também terá custo zero para o GDF.

Por se tratar de uma concessão – um dos modelos de desestatização vigentes no Brasil –, o parceiro privado fica responsável por pagar uma outorga para o governo, que, por sua vez, não entra com contrapartida financeira. Ou seja, o governo local não gastará nada para que o projeto saia do papel, enquanto a autarquia terá direito a 7,8% de toda a receita bruta da empresa vencedora.