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Shows dos rappers Mano Brown e Projota, alvinegros fanáticos, marcará o reencontro do atacante com a torcida
A espera acabou. Após 12 anos, o torcedor do Santos voltará a ver Neymar como jogador do clube. A apresentação está marcada para hoje à tarde, na Vila Belmiro, após a assinatura do contrato de cinco meses (até 30 de junho). Um grande evento com shows dos rappers Mano Brown e Projota, alvinegros fanáticos, marcará o reencontro do atacante com a torcida, que anseia por saber quando ele estreará e como se sairá nesta segunda passagem. O atleta volta numa realidade diferente da de quando se despediu, em 2013. Certamente maior. Mas também cercado por incertezas.
Neymar volta como o maior jogador do país em atividade. É dono de marcas que evidenciam este status: artilheiro máximo da história da seleção (79 gols), brasileiro que mais balançou as redes na Liga dos Campeões da Europa (43 vezes) e quinto com mais títulos na carreira (34, atrás de Daniel Alves, Gylmar, Pelé e Pepe). Mas o atacante, que completa 33 anos na próxima quarta, não esconde que retorna ao Santos em busca da boa fase que ficou para trás.
“Agora, eu preciso voltar a atuar. E só um clube como o Santos Futebol Clube pode me proporcionar o carinho que preciso para me preparar para os desafios que tenho nos próximos anos. E todos vocês, independentemente do clube que torcem, sabem bem do que estou falando”, disse o atacante, referindo-se à Copa de 2026, em vídeo divulgado ontem, antes de embarcar para São Paulo.
A dúvida em torno de Neymar é justamente sobre o quanto ele ainda é capaz de fazer a diferença dentro de campo. Uma incerteza que soaria absurda a qualquer um até a Copa de 2022.
Depois do Mundial do Catar, o atacante só participou de 20 partidas por PSG (nove), Al-Hilal (sete) e seleção (quatro). Detalhe: foram 1.481 minutos jogados, o que dá pouco mais de 16 jogos. Neste período, marcou seis gols, deu dez assistências e enfrentou duras lesões que o fizeram entrar em campo apenas duas vezes em quase 16 meses.
— Em termos de qualidade técnica e de inteligência não há nenhum questionamento sobre o Neymar. Mas a questão é a condição física. Ele não completa jogos há muito tempo. Não tem condição de suportar o futebol. Ele precisa de tempo de adaptação, e talvez esses meses não sejam o ideal. A realidade dele não é de chegar no Brasil e encontrar condições para brilhar. Vai ter dificuldades para jogar, para ser titular — opina Leonardo Miranda, responsável pelo blog Painel Tático, do site ge.
— Vejo um paralelo com a volta do Ronaldo, que teve grandes jogos pelo Corinthians, mas não uma sequência. Em quantas partidas o Neymar vai conseguir ser importante para o Santos? Não sabemos.
O que não há dúvidas é sobre o potencial de retorno fora de campo para o Santos. Neymar não volta ao Brasil maior apenas como jogador, mas também como celebridade. O estafe do atacante, tendo o próprio pai à frente, soube transformar sua imagem num ativo tão valioso quanto seu futebol. E que parece blindado à má fase com a bola.
Hoje, são nada menos que 19 marcas associadas a Neymar e à NR Sports, empresa do próprio jogador que cuida de sua imagem. A expectativa é de que sua presença atraia novas parcerias comerciais para o clube.
— É natural que o Santos vá ganhar um tempo maior na TV, nos meios de comunicação. É muito possível que o clube tenha também um numero maior de jogos nas TVs aberta e fechada. Isso traz um ganho de visibilidade muito maior aos patrocinadores — explica Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports & Marketing, agência que faz a intermediação de contratos publicitários no meio esportivo.
Para além do interesse de novos patrocinadores, a chegada de Neymar abre um mar de oportunidades para o Santos. Entre elas, venda de camisas e outros produtos licenciados, crescimento das assinaturas dos jogos do clube no pay-per-view, aumento da base de sócios-torcedores, maiores bilheterias — com demanda para jogos na capital paulista —, negociação para levar duelos como mandante a outros estados e ações pontuais de marketing.
— O Santos tem que estar bem preparado para poder usufruir da melhor forma possível, porque realmente o Neymar é um paraquedas de receitas — afirma Wolff.
O Santos conta com este incremento nas finanças. De acordo com o blog do Diogo Dantas, Neymar terá por mês um salário fixo, mas a maior parte dos valores serão pagos pelas receitas que gerar ao clube, totalizando mais de R$ 6 milhões mensais.
As redes sociais são um campo farto para o Santos. Só no Instagram, Neymar conta com 228 milhões de seguidores. Hoje, nenhum brasileiro é tão influente por lá quanto ele. Sua base é muito maior do que a de outras celebridades do esporte, como Ronaldinho Gaúcho (76,8 milhões), e da música, como a cantora Anitta (64,3 milhões).
Nem mesmo astros internacionais, como o atacante Kyllian Mbappé (123 milhões), do Real Madrid, chegam perto dos números de Neymar. Entre os jogadores em atividade, apenas Cristiano Ronaldo (648 milhões) e Messi (504 milhões) possuem mais seguidores do que o brasileiro.
Antes mesmo da assinatura do contrato, o Santos já começou a ser impactado por esta força. Há seis dias, quando as notícias sobre a transferência ganharam força, o clube tinha 3,5 milhões de seguidores no Instagram. Até ontem, já eram 4,5 milhões.
— São números que consolidam sua posição como um dos atletas mais influentes nas redes sociais. O que o Neymar faz ou fala é assunto instantaneamente. Sua capacidade de engajamento com fãs e patrocinadores é um ativo inigualável. Para o Santos, representa uma oportunidade de ouro para impulsionar receitas. O clube pode explorar parcerias comerciais, criar conteúdos exclusivos e desenvolver produtos licenciados ligados à imagem do jogador — avalia Bruno Brum, sócio e CMO da agência EndtoEnd, cujos serviços vão da curadoria das redes sociais do COB à gestão de programas de sócio-torcedor em clubes como o Atlético-MG.
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