BRASÍLIA

INMET emite alerta vermelho de baixa umidade do ar no DF; veja como se proteger

3 de outubro, 2025 | Por: Agência Brasília

Especialistas recomendam aumentar a ingestão de líquidos, evitar atividades físicas em horários de calor e adotar hábitos que minimizam os efeitos da baixa umidade

Apesar do registro recente de chuvas em algumas regiões administrativas da capital, o Distrito Federal segue com índices de baixa umidade e mantém aceso o alerta para os cuidados com a saúde em decorrência da seca. De acordo com a meteorologista Camila Frez, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é de temperaturas acima de 30°C, baixa umidade relativa do ar, com valores abaixo de 25% (no período da tarde), e ausência de chuva nesta primeira quinzena de outubro.

Ela ressalta que até quinta-feira (9), ainda há previsão de umidade relativa abaixo de 15% para o DF. “Cabe destacar que a umidade relativa do ar varia inversamente com a temperatura ao longo do dia, atingindo valores mais altos nas primeiras horas da manhã e os mais baixos no início da tarde”, afirmou a especialista.

Previsão é de temperaturas acima de 30ºC na primeira semana deste mês | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Na quinta-feira (2), o Inmet emitiu alerta de grande perigo por baixa umidade, com índices na casa dos 12%. O aviso reforça ainda mais a necessidade de vigilância com a saúde pessoal após o DF registrar taxa de 8% da umidade relativa do ar na última terça-feira (30), a menor do ano.

O Inmet alerta também para o grande risco de incêndios florestais e à saúde, como a incidência de doenças pulmonares, dores de cabeça e outros sintomas.

Como se proteger

A chefe da Nefrologia do HRSM, Núbia Moreira, recomenda que, nesta época do ano, é preciso reforçar hábitos que deveriam ser seguidos durante todo o ano. A médica explica que, durante o período de clima seco, a atenção com a hidratação deve ser redobrada. Segundo ela, a recomendação é ingerir de 30 ml a 40 ml de água por quilo de peso corporal por dia, podendo ser até mais em alguns casos.

Mas a hidratação não se limita apenas à ingestão de líquidos. “Hidratação não é só água, mas também pele e mucosas. É importante caprichar no creme hidratante, usar protetor labial, colírio para olho seco e soro fisiológico”, orienta.

Durante o período de clima seco, cuidados com a hidratação devem ser redobrados

Núbia recomenda também que as atividades físicas sejam evitadas em horários de maior calor. “A academia e a atividade física devem ficar mais para o começo da manhã ou para o fim do dia. No horário quente não é uma boa”, alerta.

Outra dica da médica é que o ambiente também pode ser adaptado para reduzir os efeitos do tempo seco. “Umidificar com bacias d’água, toalhas molhadas, manter sempre o espaço bem ventilado e até usar plantas pode ajudar a melhorar a umidade”, recomenda a especialista.

Além disso, Núbia reforça que é necessário repensar também alguns hábitos cotidianos. “Os banhos devem ser mais rápidos e frios, a ingestão de álcool e café deve ser reduzida, porque são diuréticos e favorecem a desidratação”, explica.

Quanto a alimentação, frutas e vegetais ricos em água devem ser prioridade: “Alimentos como melancia e melão contribuem para a hidratação, enquanto comidas muito salgadas, ricas em sódio, devem ser evitadas, porque pioram a desidratação e o controle da pressão arterial”, alerta.

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