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Ferramentas de IA podem otimizar o aprendizado, mas exigem cuidado para não prejudicar a preparação dos concurseiros
A inteligência artificial (IA em português ou AI em inglês) tem se tornado uma grande aliada para quem busca aprovação em concursos públicos. Com ferramentas que ajudam a personalizar e aumentar a eficiência dos estudos, essa tecnologia vem ganhando cada vez mais espaço entre os concurseiros. Mas será que vale a pena confiar totalmente na IA? O Extra ouviu especialistas para entender como tirar o melhor proveito desse recurso.
Uma das principais vantagens para concurseiros é a personalização do plano de estudos. A especialista e consultora de IA para Negócios Victoria Luz explica que o tipo de uso da ferramenta vai depender da fase que o estudante está em relação ao conteúdo. Caso o edital ainda não tenha saído, ela orienta que o candidato peça para a inteligência artificial criar uma matriz de conteúdo com o nível de dificuldade dos temas e o peso de cada disciplina na nota final baseado editais anteriores:
— Para solicitar um cronograma de estudos, o candidato deve dar um prompt (comando) especificando se está ou não no nível de iniciante e o tempo disponível para estudos. Com base nos arquivos enviados, a ferramenta vai detalhar quais matérias devem ser estudadas a cada dia, quando fazer pausas e o momento de retomar determinados conteúdos.
Além da ajuda no planejamento, a especialista recomenda que a inteligência artificial seja usada na criação de resumos de conteúdos, destacando os pontos críticos e os temas que costumam gerar dúvidas, além de simulados para testar conhecimentos.
Apesar das vantagens, especialistas alertam que a IA não faz milagres. O coordenador do curso de Publicidade e Propaganda do Ibmec, Victor Azevedo, destaca que a ferramenta só funciona de forma eficaz a partir de um input inicial, ou seja, é necessário alimentar a ferramenta com informações e metas claras.
— Se a pessoa não tem conhecimento, não há troca cognitiva com a IA. Muitos esperam resultados imediatos sem essa base, mas isso não acontece — explica.
Outro ponto de atenção é levantado por Moisés Romano, professor de Informática do curso Degrau Cultural. Ele alerta que a inteligência artificial pode ser contraproducente para iniciantes:
— Até o momento, não há plataformas especializadas nas bancas organizadoras de concursos, o que significa que a IA não consegue traçar o perfil exato da prova.
Estudar para um concurso público é um desafio que exige organização e tempo. Em 2019, a estudante Nathália Pains precisou conciliar a intensa rotina de preparação para as provas com seu trabalho como vendedora. Após quatro anos de tentativas frustradas, ela decidiu testar a inteligência artificial como aliada nos estudos.
— Eu não tinha dinheiro para investir na correção de redações, então usava a IA para isso. Colocava meu texto na ferramenta para corrigir erros de pontuação e concordância — conta.
Além da revisão de redações, Nathália também usava a tecnologia para otimizar seu tempo. Com uma IA que indicava a minutagem dos vídeos no YouTube, ela conseguia pular diretamente para os trechos mais relevantes, evitando perder tempo com conteúdos que não seriam cobrados. Nos deslocamentos de ônibus, a estudante aproveitava para revisar matérias com a ajuda da ferramenta.
A estratégia deu certo. Nathália, atualmente com 23 anos, foi aprovada em um concurso público no Distrito Federal. Ela ressalta que a ferramenta pode ser uma grande aliada, desde que seja usada com equilíbrio.
— É preciso ter disciplina. A IA facilita, mas não estuda por você – aconselha.
O fundador do Direção Concursos, Victor Dalton, alerta para o risco de alucinação, ou seja, quando a inteligência artificial gera respostas erradas com tanta clareza e organização que podem ser facilmente interpretadas como corretas.
— Se a questão for bem elaborada pela banca ou tratar de um conhecimento muito recente, há a possibilidade de a IA errar o gabarito e oferecer uma explicação equivocada — destaca Dalton.
Para a especialista Victoria Luz, uma das maneiras de minimizar erros na ferramenta é ser o mais detalhista possível ao definir os comandos. Como exemplo, ela aponta como estruturaria um pedido de resumo de Matemática: “Assuma que você é um professor experiente, especialista em Matemática. Seus alunos ainda estão no nível básico da disciplina. Com isso em mente, faça um resumo das principais dúvidas sobre Geometria.”
A inteligência artificial tem outros desafios, como a dependência de conexão com a internet, o custo e o risco de isolamento dos alunos.
— A IA deve ser um adendo ao aprendizado, mas não a fonte principal. Professores especializados e contato com outros estudantes ainda são essenciais na preparação — ressalta Moisés Romano, professor da Degrau Cultural.
A Perplexity pode ser uma ferramenta valiosa na preparação para concursos, especialmente na correção de redações e questões discursivas. Ela realiza uma varredura em bancos de dados oficiais e informações disponíveis na internet. Por meio desse recurso, o estudante pode solicitar que a ferramenta identifique o perfil de correção da banca.
Uma alternativa especialmente útil para estudantes é o MapiFy, uma IA voltada para a criação de mapas mentais. Basta inserir o conteúdo de um livro ou uma apresentação, e a ferramenta gera uma representação gráfica das informações, onde os conceitos principais estão no centro e são conectados a subtemas ou ideias relacionadas.
Uma dica interessante é usar a extensão para navegador Monica, que mostra a minutagem dos videoaulas, permitindo pular diretamente para os trechos mais relevantes e economizar tempo. Após colar o link do vídeo, a ferramenta pode dar informações detalhadas do conteúdo.
Para quem precisa de ajuda em Matemática, o DeepMind é uma das ferramentas que mais destaca, por meio do seu sistema AlphaGeometry. Embora a IA ainda enfrente desafios em raciocínio lógico, seus avanços indicam que pode ser uma ótima ferramenta para estudantes que desejam praticar e entender melhor conceitos matemáticos complexos.
Uma dica é usar o tradicional ChatGPT para gerar resumos objetivos dos principais tópicos de cada disciplina. A ferramenta, além da função tradicional de chat, oferece a versão Explore, que é paga, permitindo a criação de aplicações de IA personalizadas para o aprendizado.
Mais uma dica é usar o DeepSeek para criar simulados personalizados, gerando questões baseadas no conteúdo que você estudou. Isso ajuda a praticar e testar seu conhecimento antes da prova, tornando a preparação mais eficiente.
Outra dica é usar o Quizlet para criar questionários e resumos interativos no formato de cartões de estudo digitais. Esses cartões funcionam como slides, com uma pergunta de um lado e a resposta do outro. A plataforma também acompanha seu progresso, dá feedback imediato sobre seu desempenho e sugere revisões personalizadas, ajudando a otimizar seu aprendizado.
Os chatbots são excelentes ferramentas para localizar artigos científicos e outras fontes de estudo na internet. O Microsoft Copilot tem a capacidade de pesquisar na web os materiais relevantes.
O Gemini Google é uma excelente ferramenta para entender conteúdos complexos de forma mais fácil. Quando estiver estudando algo complicado, como uma lei ou um conceito difícil. Ele vai criar um resumo claro e direto, explicando os pontos principais de forma simples e com uma linguagem acessível.
Ao praticar questões, experimente utilizar a Qwen para receber feedback imediato sobre suas respostas. Dessa forma, você poderá identificar rapidamente as áreas que precisam de mais atenção, otimizando seu tempo de estudo e foco para ter um bom desempenho.
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