Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
O triste retrocesso da Amerelinha Os jogos da Seleção nos últimos anos mostram um crescente, triste e preocupante retrocesso do nosso futebol. Os times convocados e a bolinha que jogam refletem o que se vê no Campeonato Brasileiro, uma coisa pavorosa. Pode parecer choro saudosista de “velho torcedor”, que tem nas seleções nacionais cinco vezes …
Os jogos da Seleção nos últimos anos mostram um crescente, triste e preocupante retrocesso do nosso futebol. Os times convocados e a bolinha que jogam refletem o que se vê no Campeonato Brasileiro, uma coisa pavorosa.
Pode parecer choro saudosista de “velho torcedor”, que tem nas seleções nacionais cinco vezes campeãs do mundo a referência do bom futebol, que se perdeu. Mas não é só choro. É a realidade da lamentável queda da qualidade técnica, individual e coletiva.
Há vários motivos que contribuem para esse prolongado momento. Neles estão anos de desmandos nas gestões corruptas que se sucederam na CBF, acumulando dinheiro em seu cofre como apurou a CPI do Futebol, presidida pelo senador Romário. Enquanto isso, o futebol do interior, onde também se identificam craques, vivia e vive na miséria, com salários de fome em temporadas de apenas três ou quatro meses.
Outra questão que não pode ser ignorada: os maiores craques que já tivemos e se tornaram ídolos foram descobertos em campos sem grama, mas de barro ou areia. Esses “campinhos” foram substituídos por modernas “escolinhas”, onde guris chegam impecavelmente uniformizados, com chuteiras de grife e cabelo já imitando o dos grandes astros, mas sem qualquer habilidade para correr em busca de seus sonhos. A maioria dança na primeira “peneira” e se cria uma geração de jovens frustrados, depressivos, até.
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Comparando-se com seleções passadas, as de agora têm uma dificuldade enorme de mostrar esquemas bem fundamentados e com resultados. Não se vê mais nem dribles que entraram para a história ou jogadas e articulações que tanto já nos orgulharam. O que temos é de uma pobreza vergonhosa. Destruir o adversário com chutes maldosos é uma prática que se tornou comum e criminosa.
A maioria de jogadores da Seleção que há muito está no estrangeiro, não têm mais nada a ver com a nossa distante e pobre realidade. Cada um traz o estilo de jogo de seu clube. Para piorar, o técnico é brasileiro e age com os “importados” como se soberano fosse, para transformar o que fazem lá no modelo que ele sonha implantar aqui. Até agora, sem resultado.
Não é de hoje que estamos nessa ladeira e não foi no inesquecível 7 x 1 que ficamos sabendo sobre a nossa regressão. Outros vários motivos contribuem para essa realidade.
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A Argentina é o país que mais cede jogadores para o principal torneio nacional. Outros países possuem representantes no Brasileirão: Paraguai, Chile, Equador, Itália, Venezuela, Espanha, Bolívia, Bulgária, Argélia, França, Estados Unidos e Nicarágua.
Aí está outro motivo para a nossa decadência. Não temos mais times com identidade exclusivamente nacional. Dependemos do “pé de obra” estrangeiro para chegarmos à decisão por um determinado título. O nosso futebol está longe do que já foi. Tínhamos orgulho do que aqui se produzia em termos de craques e de técnica. Nos tornamos importadores de gringos que contribuem para modificar o perfil desse esporte que tanto já nos orgulhou. Sobrou pipoca para Neymar, faltou para o resto do time e dos dirigentes, também.
JOSÉ CRUZ
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