Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
Os “tempos modernos” de Chaplin e o tempo de agora É oportuno rever “Tempos Modernos”, o visionário filme de Charles Chaplin (1889-1977), para melhor compreender o que ele criticava com muita graça: a evolução tecnológica de ontem e comparar com a realidade em que vivemos. E o que vem por aí? Há outros filmes de …
É oportuno rever “Tempos Modernos”, o visionário filme de Charles Chaplin (1889-1977), para melhor compreender o que ele criticava com muita graça: a evolução tecnológica de ontem e comparar com a realidade em que vivemos. E o que vem por aí? Há outros filmes de produção bem mais recente que ajudam a compreender os “tempos de agora”, a partir da velocidade com que se processa a informação, a obediência da máquina e outros avanços. Mas, começar por Chaplin é indispensável, principalmente porque o filme foi rodado em 1936!
“Tempos Modernos” é, também, uma crítica social-trabalhista ao capitalismo, a partir das descobertas de novas máquinas, de tecnologias, na pós-revolução industrial, que agilizavam a produção, resultando em “maior lucro” empresarial e a consequente queda na contratação de mão de obra, ou seja, “desemprego”, provocando conflitos sociais. Assim Chaplin projetava que um mundo guiado por máquinas significaria maior opressão ao trabalhador, também.
Quase 100 anos depois, as gerações de agora enfrentam a versão atualizada daquela realidade: já temos tecnologia ocupando o espaço de humanos e o desemprego, em decorrência. A diferença é que as máquinas de agora são silenciosas, eletrônicas, de fácil manuseio, nem por isso menos assustadoras. A Inteligência Artificial (IA), dizem os especialistas no assunto, é capaz de muito ou quase tudo…
Contei tudo isso para chegar a um supermercado que instalou caixas registradoras que dispensam a presença da simpática moça atendente. Dirigi-me a uma dessas caixas “sem gente”. A partir de meu CPF a máquina me orientou em tudo, desde como processar as minhas compras, pagar em parcelas, se desejasse, se precisaria de sacola plástica, enfim. O passo a passo seguiu até surgir um gentil e frio “muito obrigado”, na tela final. O supermercado em questão instalou somente quatro dessas modernidades. Fase de experiência, está visto. E não restam dúvidas de que são muito práticas para quem tem poucas compras e muita pressa. Porém, olhar para o lado e observar que aquelas caixas simpáticas, que respondem de viva voz ao “bom dia” do cliente estão prestes a desaparecer, engrossando a fila do desemprego, não é sensação das melhores, mas uma realidade triste.
Estamos atrasados, claro. Os postos de abastecimento nos Estados Unidos há muito tempo não têm caixa. Nem frentista! Experiência que já se tentou por aqui, mas ainda sem sucesso. Assim como substituir o cobrador de ônibus, o que provocou discussões e ameaças por parte dos sindicatos afins. Mas, já podemos chegar no cinema, no teatro ou no show musical com o ingresso impresso, enfrentando somente na fila da pipoca, essa ainda dependente do braço humano. Como previu Chaplin, são os tempos modernos…
Do supermercado para o hospital, mas sem deixar as modernas tecnologias de lado. Há pouco tempo passei por uma “assustadora” – eu imaginava – cirurgia de pulmão, para me livrar de um foco de resistentes fungos. O médico observou meu susto, quando falou em cirurgia. Paciente e didaticamente ele me garantiu que não haveria qualquer sofrimento. E assim foi. Graças a um obediente “robô”, o médico introduziu o bisturi por uma incisão de cinco centímetros, no máximo. Por ali e durante três horas ele fez a limpeza que me livrou do mal. E, de fato, sem sofrer os incômodos dos grandes cortes e pontos, como “antigamente”. Em dois dias eu estava em casa, feliz da vida. Graças à máquina, via inteligência artificial, as cirurgias são cada vez menos invasivas, da mesma forma que os diagnósticos são mais precoces e os tratamentos mais eficientes. Ufa! Nem tudo está perdido. Mas há muito pela frente.
JOSÉ CRUZ
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