Um pouquinho bandidos
Roberta D’Albuquerque é psicanalista, autora de Quem manda aqui sou eu – Verdades inconfessáveis sobre a maternidade e criadora do portal A Verdade é Que…
Bola pra frente Apesar da irrisória divulgação da mídia, em geral, o futebol feminino tem um feito que precisa ser festejado: no domingo, o Corinthians conquistou o título de campeão brasileiro, com vitória sobre a Ferroviária, de Araraquara (2×1), diante de 42 mil torcedores. Foi um significativo avanço, pois as mulheres foram capazes de reunir …
Apesar da irrisória divulgação da mídia, em geral, o futebol feminino tem um feito que precisa ser festejado: no domingo, o Corinthians conquistou o título de campeão brasileiro, com vitória sobre a Ferroviária, de Araraquara (2×1), diante de 42 mil torcedores. Foi um significativo avanço, pois as mulheres foram capazes de reunir público de um Gre-Nal, no jogo decisivo.
Mas, depois de uma década dessa competição, ainda há uma distância muito grande entre os times participantes. Por exemplo: nos últimos 11 campeonatos nacionais entre mulheres, dez foram conquistados por times de São Paulo e apenas um do Rio de Janeiro, o Flamengo. Mais: no campeonato encerrado no domingo, cinco entre os sete primeiros colocados são equipes de São Paulo. E apenas oito dos 27 estados da federação, mais o Distrito Federal, participaram da competição. Ou seja, apenas um terço das unidades federativas estiveram no evento.
É preciso repetir: além do contexto sócio-desportivo que se reveste a modalidade, a Seleção Brasileira é formada a partir das observações das jogadoras nessa competição, assim como das que jogam no exterior. Portanto, a massificação é indispensável para que os clubes – ainda mínimos – revelem “talentos”. Isso é elementar, mas, qual o incentivo da CBF, principalmente, nesse sentido?
O Corinthians recebeu miseráveis R$ 1,2 milhão pelo título conquistado. Já a premiação para o campeão masculino deste ano deverá ser na ordem de R$ 50 milhões! Não se está sugerindo equilíbrio entre as categorias, mas a bilionária CBF tem caixa riquíssima para oferecer uma premiação decente e incentivadora e menos ofensiva à modalidade.
Entre os anos 1920 e 1930, o futebol feminino crescia por aqui. Porém, em 1941, o então presidente Getúlio Vargas proibiu essa prática, que durou 38 anos… Só terminou em 1979, mas a CBF levou mais três anos para regulamentar a participação das mulheres no futebol.
O tempo passou, a técnica evoluiu entre elas, mas o machismo continua: “mulher não sabe jogar”…. “mulher não entende de futebol”… são as ofensas mais comuns. Não se trata apenas de um jogo de bola, mas de uma competição que incentiva a indústria do esporte, por exemplo, que se vincula ao consumo feminino e contribui para a economia do país. Bola pra frente!
JOSÉ CRUZ
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