
Confira o que os astros revelam para esta quinta
Veja o que os astros revelam sobre a quinta-feira de cada nativo do zodíaco

Ator promove conexões transformadoras em comunidades cariocas com agência Carta Preta: ‘Tendo a comida, a mãe de família pode comprar desodorante, sapato… É o mínimo de dignidade’
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A hashtag #VDN é a marca pessoal de Jonathan Azevedo em suas postagens no Instagram. No perfil @negblack, em que soma 2,8 milhões de seguidores, o carioca de 39 anos, nascido no conjunto habitacional Cruzada São Sebastião, no Leblon, e morador do Morro do Vidigal desde os 18, mostra o seu cotidiano e publica vídeos de reflexão, com um magnetismo impressionante.
— Logo que comecei a trabalhar como ator, percebi que era muito chamado para interpretar bandidos. Pensei: vou criar esse canal com a galera, o Vida de Neg (#VDN), para entenderem que sou diferente dos personagens que faço. Sou um cara da paz — explica, acrescentando: — Fui muito bem compreendido. Uso a minha rede social para trazer conscientização.
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Nos transportes coletivos que circulam pelo Vidigal, a presença de Jonathan é constante, digitalmente ou na boca do povo:
— Um vizinho aqui do beco é motorista de van. Ele me conta os papos que rolam sobre mim no trânsito. “Pô, ele está estourado e ainda mora aqui? Não vai sair, não?”. “Mas se o menino tá se sentindo bem, o que tu tem a ver com a vida dele?”. Ele fala: “Negão, sempre que alguém tenta falar mal de tu, é quase expulso. Todo mundo te ama. As pessoas voltam do trabalho vendo teus vídeos, têm orgulho de falar: ‘Pô, ele mora perto de mim’, ‘Conheço a mãe dele’”. Eu, Jonathan, também já ouvi: “Gosto que tu não anda cercado de seguranças”. O sucesso é perigoso… O que eu faço com ele é que vai determinar se eu sou bem-sucedido ou só famoso. E vou dizer: é um longo processo para o homem e para a mulher preta aceitarem que merecem uma vida boa — desabafa ele, que faz terapia desde os 22 anos.
O ator, apresentador, empreendedor e influenciador afirma que continuar vivendo na comunidade em que se desenvolveu como cidadão e se formou profissionalmente lhe trouxe sensatez.
— Morei a vida toda em favela, não sei o que é pedir comida e ela chegar na minha porta. O olhar diferenciado que o pessoal daqui tem sobre mim é porque eles me viram sem nada. A única coisa que eu tinha era a minha busca. Hoje, desço o morro e ouço as queixas de uma senhora, paro para conversar com uma criança. Olho nos olhos dela e digo que minha vida mudou porque eu estudei. Procurei todo tipo de conhecimento para abrir meus horizontes. Onde tinha curso, eu estava. Sabia que só a educação podia mudar a minha vida — lembra, citando uma passagem marcante da juventude: — Minha primeira conquista foi chegar vivo aos 18 anos. Eu, um homem preto, retinto. Meus amigos me prepararam uma festa surpresa. Depois dessa, não quis mais festas de aniversário.
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Quando outras vitórias vieram, entre elas o reconhecimento artístico, Jonathan sentiu vontade de retribuir o apoio recebido para a sua formação no Nós do Morro, projeto social beneficiado pelo Criança Esperança. E criou a agência Carta Preta, em 2021.
— O nome foi inspirado numa passagem do livro “Escravidão”, de Laurentino Gomes, que cita a Carta Branca (a manutenção dos privilégios da elite, que se apropria de recursos e benefícios do Estado e perpetua um sistema de desigualdades). Eu queria combater isso com conhecimento e oportunidades. Conecto marcas e pessoas dispostas a ajudar com projetos sociais, esportivos e culturais já existentes na Cruzada, no Vidigal e na Rocinha — explica.
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Nesta sexta-feira (21), a um mês do fim de semana que antecede o Natal, quando pretende realizar a festa de fim de ano da criançada da Cruzada, ele vai começar a usar suas redes sociais para evocar solidariedade.
— Além das doações em dinheiro, tem profissional da saúde que vai lá fazer atendimento, tem artista que vai cantar… O Filipe Ret foi o primeiro, L7 também participa direto… É o Neg Esperança, com música e doações — afirma, anunciando: — Quem puder ajudar de alguma forma, é só mandar mensagem direta para o @acartapreta, que a gente faz acontecer.
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A prioridade é levantar verba para comprar mil cestas básicas.
— Não tem como a gente querer ensinar a pessoa carente a pescar, se ela não tem nem a isca. Eu me lembro de quando minha mãe queria comprar uma roupa, mas não podia, porque ia faltar dinheiro pra comida. Tendo garantida a cesta básica, a mãe de família pode comprar um desodorante para ela, um sapato para o filho… É o mínimo de dignidade pessoal.
Este ano, Jonathan também lançou uma linha de produtos para cabelos com dreads e tranças, a EHRAIZ.
— Sou vaidoso, sofria por não ter um produto ideal para cuidar do meu cabelo com tranças. Pesquisamos e criamos xampu, leave-in e hair splash antifúngicos, que limpam e tratam desde a raiz. Mexemos muito no cabelo, trocamos de visual com frequência. Raiz é muito importante para o negro, não só a do cabelo, mas a da consciência também — ressalta.
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Filho adotivo de Sergio e Sildeia e pai biológico de Matheus Gabriel, de 6 anos, Jonathan conta que na escola em que o menino estuda “nem sempre tem preto”.
— Ele já me falou: “Papai, quero ficar da sua cor”. A mãe dele é branca. Eu explico as nuances do mundo em que vivemos com delicadeza. Minha mãe me falava: “Você tem que ser sempre o melhor, porque nasceu preto”. No clube que ele frequenta, eu catava bolinhas de tênis. Na piscina em que ele nada, eu só entrava uma vez por ano, quando tinha a festa dos funcionários. Se eu não desafiar o Teteu, ele corre o risco de levar a vida como os meus amigos do Leblon: “Se meu pai já tem, para que eu preciso correr atrás?”. Ele vai ter que conquistar as coisas dele. Meus pais me ensinaram, e eu repasso ao meu filho: não se mexe no que é dos outros. Se não estudar, vai ser mais fácil perder do que ganhar.
BS20251121063036.1 – https://extra.globo.com/entretenimento/noticia/2025/11/jonathan-azevedo-quer-arrecadar-mil-cestas-basicas-ate-o-natal-como-ensinar-a-pescar-quem-nem-tem-a-isca.ghtml

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