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Em entrevista no mês passado, governador deu a entender que ex-presidente e líder do PL conversariam bastante, motivo pelo qual foi intimado a depor pela corporação; tratamento foi cordial
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), depôs à Polícia Federal nesta quarta-feira EM Florianópolis, capital do estado. À corporação, Jorginho negou ter testemunhado qualquer diálogo entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o dirigente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Ele foi intimado a depor após ter sugerido em entrevista que os dois “conversam bastante”. Investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na trama do golpe, os políticos não podem fazer contato.
Segundo interlocutores do governo catarinense, o tratamento dado a Jorginho na corporação foi de extremo respeito e o clima era de tranquilidade. Seus auxiliares reiteram que ele não esteve na sede da PF no estado na condição de investigado. Oficialmente, a gestão não quis comentar.
A fala de Jorginho Mello gerou grande reação. O ex-presidente Jair Bolsonaro a classificou como uma “escorregada”.
— Jorginho Mello deu uma escorregada. Na mesma entrevista, ele disse que lamenta eu não falar com Valdemar e diz que eu tenho falado muito com Valdemar. Não é verdade, foi um ato falho dele — disse Bolsonaro, em entrevista coletiva.
Antes de sugerir que os dois conversavam, Jorginho Mello havia dito que Valdemar “está amargurado” com a decisão de Moraes, mas que, ainda assim, os aliados mantinham distanciamento físico:
— Ele (Valdemar) está amargurado agora porque o ministro Alexandre proibiu eles de conversarem. Tem o diretório nacional de Brasília e, quando o Bolsonaro está no escritório, ele fica lá no outro lado, em uma outra praça, a mais de 200 metros, para não conversarem — disse, durante entrevista à Jovem Pan.
Após a repercussão do caso, o governo de Santa Catarina afirmou que Valdemar e Bolsonaro “seguem cumprindo a decisão judicial, apesar de ser injusto, segundo o próprio governador”.
“Não é preciso muito esforço para perceber que Jorginho se referia ao período em que ambos construíram juntos, Valdemar e Bolsonaro, o partido mais sólido do Brasil, com os resultados históricos do PL nas eleições de 2022”, dizia o posicionamento da gestão catarinense.
O depoimento de Jorginho Mello foi uma determinação é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Dessa maneira, para que os fatos sejam apurados, DETERMINO que a Polícia Federal proceda a oitiva do Governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, no prazo de 15 (quinze) dias, para esclarecimentos sobre as suas declarações na entrevista que concedeu ao programa televisivo”, determinou Moraes no mês passado.
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