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Declaração do governador de Santa Catarina foi dada em entrevista; Depoimento foi determinado por Moraes
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), disse à Polícia Federal que a declaração em que afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o dirigente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, “conversam bastante” foi um “equívoco”. Ele prestou depoimento na última quarta-feira, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Valdemar e Bolsonaro são investigados pelo Supremo na apuração da trama golpista e estão proibidos de manter contato por ordem de Moraes.
De acordo com o termo de declaração elaborado pela PF, ao ser questionado sobre o que quis dizer ao afirmar no video: “E o nosso Presidente Valdemar conversa muito com o Presidente Bolsonaro”, o governador respondeu que “cometeu um equivoco quanto ao verbo “conversar””, e que na verdade quis dizer que Valdemar e Bolsonaro “conversavam muito na sede do Partido Liberal antes da concessão da medida cautelar pelo STF”.
Ainda segundo o depoimento, Jorginho Mello disse que “se referiu a uma questão passada e não atual”, e que “reitera que não presenciou qualquer contato entre Valdemar e Bolsonaro”.
Na semana passada, após a entrevista concedida pelo governador catarinense, Bolsonaro afirmou que a fala foi uma “escorregada”.
— Jorginho Mello deu uma escorregada. Na mesma entrevista, ele disse que lamenta eu não falar com Valdemar e diz que eu tenho falado muito com Valdemar. Não é verdade, foi um ato falho dele — disse Bolsonaro, em entrevista coletiva.
Antes de sugerir que os dois conversavam, Jorginho Mello havia dito que Valdemar “está amargurado” com a decisão de Moraes, mas que, ainda assim, os aliados mantinham distanciamento físico:
— Ele (Valdemar) está amargurado agora porque o ministro Alexandre proibiu eles de conversarem. Tem o diretório nacional de Brasília e, quando o Bolsonaro está no escritório, ele fica lá no outro lado, em uma outra praça, a mais de 200 metros, para não conversarem — disse, durante entrevista à Jovem Pan.
Após a repercussão do caso, o governo de Santa Catarina afirmou que Valdemar e Bolsonaro “seguem cumprindo a decisão judicial, apesar de ser injusto, segundo o próprio governador”.
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