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Preferência da sigla para a disputa é o senador bolsonarista Cleitinho, em primeiro no levantamento da Genial/Quaest (33%); ex-prefeito Alexandre Kalil (16%) busca espaço
Os dois primeiros colocados na disputa pelo governo de Minas Gerais, segundo a pesquisa Quaest divulgada na quinta-feira, o senador Cleitinho e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, disputam legenda no mesmo partido, o Republicanos. Em primeiro lugar, com 33% das intenções de voto, Cleitinho é considerado a prioridade da legenda, enquanto Kalil aposta em sua desfiliação.
O pano de fundo deste impasse é o assédio que o senador tem recebido de outras siglas, como PL, PRTB e Novo. Com seu desempenho nas pesquisas e postura alinhada à base de Jair Bolsonaro, o PL tem se aproximado e não esconde o interesse em tê-lo. Apesar disso, o senador descarta a possibilidade de mudar de partido e afirma estar confortável no Republicanos.
— O clima está bem Republicanos (risos). Eles sabem como eu sou, conhecem meu perfil político e não se incomodam. Só mudaria se um fato novo acontecesse. Se a eleição fosse hoje, sairia pelo Republicanos — afirmou.
Apesar da negativa de Cleitinho, uma eventual filiação ao PL faria sentido com sua trajetória. Nas eleições do ano passado, ele apoiou publicamente o deputado estadual Bruno Engler (PL), contrariando a candidatura oficial do Republicanos, Mauro Tramonte. Além disso, seu irmão, o deputado estadual Eduardo Azevedo, também integra o partido.
Articuladores, porém, avaliam que a filiação a um partido mais à direita poderia prejudicá-lo. Embora se identifique como bolsonarista, Cleitinho mantém diálogo com eleitores de centro e não adota uma postura totalmente oposicionista ao governo federal. Recentemente, ele se posicionou a favor de agendas associadas ao governo, como o fim da escala 6×1 e a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.
A mesma avaliação é compartilhada por membros do Republicanos, que garantem que a sigla oferecerá legenda ao senador. Internamente, ele conta com o apoio declarado do presidente estadual do partido, deputado federal Euclydes Pettersen, e com o respaldo do presidente nacional, Marcos Pereira, que também afirma que ele será o candidato. Cleitinho diz esperar que todos “cumpram com suas palavras”.
Neste cenário, quem sairia prejudicado é Kalil, que aparece em segundo lugar na Quaest, com 16% das intenções de voto. O ex-prefeito deixou o PSD no ano passado, após declarar apoio a Tramonte em Belo Horizonte, rompendo politicamente com o prefeito reeleito, Fuad Noman.
Embora tenha anunciado sua filiação ao Republicanos, Kalil ainda não formalizou seu ingresso na legenda. Com a derrota de seu candidato na capital mineira, ele ficou politicamente fragilizado e se afastou temporariamente da vida pública. No entanto, decidiu ser candidato ao governo.
Aliados de Kalil avaliam que as intenções de voto são promissoras, considerando a baixa exposição midiática e enxergam um espaço aberto na centro-esquerda. Preferido de Lula, Rodrigo Pacheco (PSD), aparece com 8%, e ainda não decidiu sobre candidatura.
— Tenho uma tendência muito mais forte em encerrar minha vida pública em 2027 do que em ser candidato em 2026 —disse Pacheco, no fim de novembro.
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