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Deputado que indicou emenda investigada pediu troca de beneficiário para chegar a envolvidos em esquema, diz PF
Documento assinado pelo parlamentar foi enviado pelo chefe de gabinete a lobista envolvido em ação
Investigados por suposto desvio de emendas conversaram sobre nomeação, que acabou não ocorrendo
O lobista Cliver Andre Fiegenbaum solicitou a um assessor do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) um cargo comissionado para a sua esposa e prometeu que, em troca, ela devolveria parte do seu salário. Fiegenbaum e Lino Furtado, secretário parlamentar de Motta, foram alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, pela suspeita de desvio de emendas parlamentares.
O diálogo entre os dois foi descoberto pela Polícia Federal (PF) e incluído na representação que embasou a operação. A PF ressalta que a nomeação não ocorreu, mas argumenta que mesmo assim a oferta configura corrupção passiva.
Em mensagem de áudio enviada em março do ano passado, Fiegenbaum afirma que sua esposa trabalha no Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (TRT-4), mas que gostaria que ela fosse para Brasília. Sugere, então, que ela fosse nomeada em um gabinete, como secretária parlamentar (SP), para trabalhar “dois dias” por semana e afirma que ela devolveria metade da remuneração adicional, já que também continuaria ganhando o salário do TRT.
— Deixa eu te perguntar, não está com uma SP sobrando e ela faz uns dois dias aí no gabinete, ela trabalha mesmo, ela tem formação, tem dois mestrados, só que ela está fazendo Direito (..) e ela quer da um pau nessa faculdade de Direito. E ela te devolve metade dessa SP, metade do dinheiro retorna integral para vocês — afirma Fiegenbaum.
A resposta inicial de Furtado foi excluída no aplicativo de mensagens. Em seguida, ele afirma que os dois conversariam no dia seguinte sobre “como funciona” questões como essa:
— Amanhã nós conversamos e te explico como é que funciona bem essas questões aí, tá? Mas amanhã eu falo pessoalmente contigo. Nós conversamos sobre essa questão.
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